Já não bastava a violência das torcidas organizadas de futebol, agora temos os fanáticos de Bolsonaro, que são mais ou menos como cantam Carreiro&Capataz: bruto, rústico e sistemático. Uma festa de aniversário virou um tiroteio, como muita gente gosta de ver em filmes.
A alegria de petista ter Lula em primeiro lugar nas pesquisas eleitorais estão deixando os bolsonaristas à flor da pele, atirando por todos os lados. Assim aconteceu com Jorge José da Rocha Guaranho, agente penitenciário federal, bolsonarista; e Marcelo Arruda, guarda civil de Foz de Iguaçu, aniversariante e tesoureiro do PT da mesma cidade, este acabou morto.
Se ambos não tivessem licença de porte de arma devido às funções que exerciam, o entrevero teria virado apenas um bate-boca, mas armados, os dois usaram as armas no duelo. Andar armado não é um bom negócio.
O bolsonarista não tem um pingo de razão, pois invadiu a festa, foi provocar, insultar, babando de ódio. Convido o internauta a ler e ouvir vídeos gravados na hora do conflito.
Marcelo Arruda e Jorge José da Rocha Guaranho, literalmente se mataram. Tomara que eles sejam as únicas vítimas da eleição que se avizinha. Aprendamos. Não estamos nos tempos de reis e monarcas, quando tudo era resolvido na violência, o tempo do carrancismo.
Bolsonarista, abandone a barbárie, o discurso do ódio, perder faz parte do jogo, ganhar também, seja menos brutos, rústicos e sistemáticos.
Hélio Consolaro é professor, jornalista e escritor.
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