"Quem é de direita toma cloroquina, quem é de esquerda, Tubaína", diz Bolsonaro (Folha de Sao Paulo)
O protocolo (receita médica sem assinatura) dada por gente que não é médico pelo uso da cloroquina no combate ao coronavírus: foi um tiro n'água. Passaram a mão na bunda do Bolsonaro e ele fez que não viu. Saída honrosa.
O texto do protocolo, ou seja, o documento apócrifo, não foi assinado por nenhum médico nem pelo presidente Bolsonaro, pois não teve coragem, e nem mesmo os militares que tomaram o Ministério da Saúde dos médicos assinaram, fala que a cloroquina não presta para o combate do coronavírus.
O protocolo diz assim: "Se você quiser tomar cloroquina, que tome, mas ninguém é responsável por nada, pelos efeitos colaterais, problema seu, cidadão brasileiro". Mas que receita esquisita: fala que o remédio é perigoso e não tem o nome do médico que o receitou?
Foi o jeito que encontraram de o menino birrento, enfezado, mal-humorado aceitar a derrota (saída honrosa), mas para isso foi preciso demitir dois ministros e morrer muita gente. Se fosse antigamente, o presidente já estava internado num hospício. Como diz o jurista Miguel Reale Jr: o Bolsonaro precisa ser interditado.
Então. Puseram o "home" lá porque o povo gosta de gente doida, agora estão com vergonha do que fizeram e parte dos brasileiros ficam sofrendo junto.
Cloroquina ou tubaína? Tubaína, uai! Tem menos contraindicação, faz menos mal, docinha, gostosa.
*Hélio Consolaro é professor, jornalista e escritor. Araçatuba-SP