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REFLEXÃO EDUCAÇÃO: CATOLICISMO E EVANGELISMO

A Campanha da Fraternidade de 2022, a reflexão sobre educação e as denúncias em plena quaresma são tema da crônica de Hélio Consolaro desta semana

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A Campanha da Fraternidade, cujo momento forte é a quaresma de cada ano, tem em 2022 como tema "Fraternidade e Educação", e o lema é "Fala com sabedoria, ensina com amor". 
Pela terceira vez, igreja católica no Brasil vai aprofundar o tema da educação em uma Campanha da Fraternidade. Dessa vez, a reflexão será impulsionada pelo Pacto Educativo Global, convocado pelo Papa Francisco. Um dos objetos da CF 2022 é "verificar o impacto das políticas públicas na educação".   
O irônico disso tudo é que justamente na quaresma, em plena CF 2022, surgiu a denúncia de que o outro ramo do cristianismo, o evangelismo, com um ministro desse último segmento, Milton Ribeiro, se comportou como vendilhão do templo da Educação: o MEC.


Enquanto o catolicismo conscientizava seus seguidores, discutindo o tema Educação com seriedade, as notícias manchetavam que pastores do evangelismo recebiam ouro em troca de influências políticas (não eram influências religiosas) aos prefeitos para que conseguissem verbas em Brasília junto ao governo Bolsonaro.
 

Toda igreja é um rebanho de gente pecadora (apesar dos evangélicas se classificarem de salvos) à procura da salvação, por isso tem o risco de pecar escandalosamente como coletivo ou individual como membro de suas hierarquias.

 

Os evangélicos são chamados de protestantes (nome pouco usado atualmente, pois estão inseridos nos sistema, não protestam mais), crentes (só eles criam) e atualmente evangélicos (porque trazem a Bíblia debaixo do braço). Os católicos (que em grego significa universais) eram os cristãos que se classificavam como verdadeiros, foram mais conservadores, e as demais igrejas eram tratadas por eles como seitas.   
 

Por tradição familiar, sempre fui católico, ora com mais intensidade, ora apenas por declaração. Hoje, felizmente, os formulários não pedem mais qual é a religião das pessoas porque o Brasil é um Estado laico, sem religião. Cada governante tem sua religião (ou não tem), mas a prefeitura, o governo estadual ou a federação trata todos os cidadãos igualmente.  
 

O catolicismo já aprontou e apronta as suas, mas neste momento me sinto orgulho de ser católico, diante do perfil do papa Francisco, como também desta quaresma, pois sou professor. A igreja católica cobra do governo mais educação, mas não anda fazendo negociata com ele. Assim, a minha fé me fortalece.

 

*Hélio Consolaro é professor, jornalista e escritor
 


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