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AI! O DEDO DO MINISTRO! GESTOS OBSCENOS E O DISCURSO NA ONU

Comitiva brasileira usou discurso na ONU (Organização das Nações Unidas) para passear e promover baixarias, reflete Consolaro

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Será que vou ter estômago para escrever sobre o dedo do ministro? Ele não é urologista, mas cardiologista. Ainda bem, porque o dedo do paraibano é grosso. Sem problemas, porque o exame de toque da próstata caiu em desuso.

 

Dr. Marcelo Queiroga preferiu defender o seu chefe a ficar bem com os brasileiros, porque a dedada se multiplicou pelas mídias afora.

 

Eu estava junto com um bolsonarista quando tal cena passou na televisão, e ele gritou: "Ai! O dedo do ministro!". Eu respondi-lhe: "Aqui não doeu, pois não votei nessa turma".

 

No afã de assumir o papel de pau mandado do Capitão Cloroquina, Queiroga se esqueceu das boas maneiras tão pregadas por sua classe social. Talvez tenha voltado no tempo e se lembrado das arruaças de estudante.

 

As provocações da plebe ignóbil (assim é tratado o povão aos olhos de um demagogo) foram tensas e intensas em Nova York, mas uma autoridade precisa ter nervos de aço. Acenar a cabeça com um sorriso irônico e tocar em frente. Na próxima parada, tomar um uísque para relaxar.

 

Seu antecessor, Pazuello, apesar de ter aberto o Ministério da Saúde à corrupção, era um senhor mais fino. Com certeza, daqui para frente, Marcelo Queiroga, será o homem de confiança de Bolsonaro, vai até receitar cloroquina. Senão já o fizera. 

 

Sem falar sobre a situação da comitiva presidencial que foi tratada em Nova York como párias, comendo em quiosque e na calçada. Não foi por opção, porque dinheiro do povo para gastar com seu cartão corporativo foi muito. Na verdade, a cidade se fechou a um não vacinado que ainda acha ser a terra plana. 

 

Discursar na ONU (Organização das Nações Unidas) foi um jeito de passear, porque em palavras, no seu discurso, Bolsonaro fez também um gesto obsceno, como mostrou na sua charge Renato Aroeira.

 

E o atual presidente do Brasil não é de religião africana, nem foi encontrado aqui como indígena, é um imigrante europeu: gente fina, homem de bem.      

 

Hélio Consolaro é professor, jornalista e escritor


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