Araçatuba tem 68 mil eleitores, num universo de 143.788 – confirme estatísticas de junho do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) –, que ainda não fizeram o cadastro biométrico, exigido por lei para as eleições do próximo ano, e que podem ficar impedidos de votar se não se regularizarem até o dia 19 de dezembro. Diminuindo, assim, as chances de renovação de nomes na política local.
A quantidade de eleitores que ainda não cadastraram suas digitais para o sistema que passará a autorizar a votação no dia do pleito é considerada elevada e pode refletir, diretamente, no resultado das urnas.
Em miúdos, com um número baixo de eleitores em condições de votar, diminui-se o quociente eleitoral – número de votos que um partido tem que atingir para eleger um candidato a vereador – e as chances de renovação do quadro de parlamentares acaba diminuindo, uma vez que quem está no poder, normalmente, entra na disputa com a vantagem de já saber os meandros da vereança e precisar de menos votos para se reeleger.
Na semana passada, a Justiça Eleitoral e o Ministério Público Eleitoral fizeram um alerta aos eleitores de Araçatuba sobre o afunilamento do prazo e a previsão de que, para atender a todos os possíveis votantes, os Cartórios eleitorais das zonas 21ª e 299ª teriam que atender diariamente uma média de 700 pessoas para realização do cadastro biométrico, que é a captura das impressões digitais do eleitor.
Caso o eleitor não compareça às urnas até o dia 19 de dezembro ele corre o risco, além de ficar sem votar em 2020, de ter o título cancelado; não vai conseguir financiamentos em bancos públicos; declarar Imposto de Renda e, no caso de funcionários públicos, não conseguirão receber os salários.
