Com os sinais de crescimento dos novos casos de coronavírus e a preocupação com registros de mortes causadas pela doença, a Prefeitura de Araçatuba lançou esta semana uma nova abordagem sobre a situação da Covid-19 na cidade e os riscos que as aglomerações podem causar a famílias inteiras neste final de ano.
Com ajuda dos veículos de imprensa do município, a Prefeitura pretende alertar a população de que a pandemia ainda está longe de terminar e que a conscientização deve partir de cada cidadão pensando não apenas nele, mas em outras pessoas. Em especial as que estão dentro de suas próprias casas.
Durante reunião na Prefeitura, o chefe de gabinete da administração municipal, Deocleciano Borella Júnior, e os secretários Jonathas Henrique de Magalhães (Comunicação Social) e Marcelo Astolphi Mazzei (Desenvolvimento Econômico e Relações do Trabalho/Desenvolvimento Agroindustrial/Turismo) anunciaram mudanças na linguagem que será utilizada pela Prefeitura no esforço de conscientização social e individual para coibir reuniões tanto de médio como de pequeno portes, desde as domésticas até as em espaços abertos como ruas e arredores de estabelecimentos comerciais.
“Não queremos que a população sinta que a culpa é do comércio ou que os empresários carreguem toda a responsabilidade sobre as aglomerações, mas sim que cada pessoa atinja a consciência de que a saúde dos familiares é prejudicada, principalmente, pelo indivíduo mais saudável que não adoece, mas leva o vírus para dentro de casa. Essa é a principal mudança no discurso da comunicação, sem diminuir a importância do que já foi dito até agora”, explica Mazzei .
Borella Júnior lembra que a Prefeitura tem dez fiscais para passar orientações sobre a Covid-19, que contam com apoio da Guarda Civil Municipal (GCM) e da Polícia Militar do Estado de São Paulo, além das ações diretas do Ministério Público e da maior atuação do Poder Judiciário.
“Todos precisam saber que há uma hierarquia que até a Arefeitura tem que obedecer. Nós todos precisamos tem consciência de mudar e respeitar os limites. Não se trata de fechar ou oprimir, mas que devemos manter os números controlados, para que os critérios de avaliação não nos levem a sermos obrigados a regredir no que já conquistamos de avanço pela reabertura”, reforça o chefe de gabinete da administração.
“Sejam bares, restaurantes ou postos de combustíveis, ou qualquer outro estabelecimento que desrespeite as normas, a Prefeitura pode intervir. Mas e quanto as reuniões dentro de casa? E os que se concentram em calçadas, ruas e lugares de livre acesso? Estes são os casos em que cada pessoa tem que ter consciência do mal que faz a si e aos outros”, completa.
O secretário de comunicação reforçou o pedido de apoio da imprensa na propagação da campanha de conscientização em todos os meios possíveis. “Contamos com o importantíssimo trabalho de todos vocês da mídia e também da população que entende o problema de verdade, pois precisamos que esse alerta chegue dentro das casas, no sentimento das famílias. Que não haja medo da vida, mas que os cuidados nos afastem da morte”.
“Sim, o discurso é mais incisivo, mais sensibilizador, e trabalharemos coordenados com vocês para vencermos essa doença, que cresce quando falhamos no cuidado social. Estamos abertos e disponíveis a todo tempo para essa sintonia, continuaremos enviando boletins, reportagens, material eletrônico, e precisamos atingir a todos, ao máximo possível”, finaliza.