O vereador Flávio Salatino (MDB), um dos primeiros parlamentares a manifestar o interesse em compor a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) instalada pela Câmara para investigar possíveis irregularidades em contratos firmados pela Prefeitura de Araçatuba com empresas em nomes de laranjas ligados ao empresário e sindicalista José Avelino Pereira, vulgo Chinelo, não gostou de ter ficado de fora do trio que vai “botar a mão na massa” durante a referida apuração.
Na noite desta quinta-feira (12), o parlamentar emitiu nota lamentando ter ficado de fora. Ele foi eleito como suplente, posição na composição de uma CPI que só tem atuação efetiva caso um dos titulares desista da função para a qual foi escolhido.
“Gostaria de ter sido escolhido membro titular da comissão, mas respeito a opção dos meus colegas. Como suplente, vereador e cidadão araçatubense, coloco-me à disposição dos titulares para contribuir com os trabalhos, na certeza de que vou acompanhar de perto os trabalhos da CPI e emitir opinião sempre que pensar ser conveniente para a população”, diz Salatino em trecho de sua manifestação.
O representante do MDB afirma que, mesmo ficando de fora do trio de “investigadores”, não exercerá papel figurativo na CPI. “O fato é que não pretendo ser figurante nesse processo. Não vou prejulgar ninguém, até porque o trabalho do vereador não é esse, mas sim, neste caso, fiscalizar, ainda mais diante da situação exposta pela Polícia Federal”, reforça.
Salatino, que sempre teve uma atuação próxima da administração municipal enquanto vereador, finaliza sua nota indicando que pode mudar sua postura no Legislativo. “Mais do que nunca, é preciso ser independente em relação ao Executivo, justo e transparente, pois se trata de uma situação delicada envolvendo autoridades municipais. No final das contas, Araçatuba não pode ser prejudicada”, afirma.
