Anunciante
O VIZINHO... CHÃO DE MATOGROSSO

Na coluna Blog do Consa, um breve apanhado sobre o vizinho estado Mato Grosso do Sul e suas particularidades

Anunciante

Aqui entre os paulistas, quase na divisa, nas rendas de São Paulo, tudo que vinha do estado vizinho não era muito valorizado. Começava pela carteira de motorista. Pulávamos a divisa para comprar CNH (Carteira Nacional de Habilitação). Não era bem assim, mas dizia-se. Houve uma época que era só um Mato Grosso, depois, em 1977, surgiu o Mato Grosso do Sul. São Paulo era um mundo civilizado, e do lado de lá do rio Paraná era sertão.

 

Outra lenda era que tudo por lá era resolvido no tiro. Um lugar onde alongavam-se bandidos. Onde predominava a lei do mais forte.

 

Viajei recentemente para lá para conhecer o Pantanal. Durante o trajeto de dois mil quilômetros (ida e volta) de ônibus, ouvi de alguns companheiros de viagem que mato-grossense é um povo preguição, não gosta de trabalhar. Uma extensão da visão que têm do povo originário, pois lá em Mato Grosso se vê o índio na cara do povo.

 

Nessa viagem, pensei que ia passar a mão na cabeça do jacaré. Que nada! Esse Pantanal genuíno não está disponível para turistas farofeiros. Lugares disponíveis para visitas, não mostram tudo.

 

Entre os dois estados, MT e MS, há dois mundos culturais: o cuiabano e o pantaneiro. O sul-mato-grossense gosta de se lincar ao Pantanal.

 

Posso dizer que depois de São Paulo, Mato Grosso do Sul é o estado que mais conheço no Brasil. Antes de ir para Rosana, quase trabalhei em Três Lagoas, não fosse uma autoridade educacional me fazer uma proposta indecente e eu ser um jovem incorruptível.

 

Trabalhei numa escola particular de Araçatuba cuja coordenação funcionava em Campo Grande; atualmente pertenço ao Rotary, cujo distrito é MS inteiro mais um trecho do Oeste Paulista. Então minhas visitas ao chão de Mato Grosso são amiúde.

 

Para completar, meu filho fez (Campo Grande) e um de meus netos faz (Três Lagoas) graduação na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS). Piso sempre aquele o chão.

 

Lá em Mato Grosso (os dois, Sul e Norte), a Guerra do Paraguai não acabou. Principalmente em Corumbá. Ladário (30 mil habitantes), colada a Corumbá, é uma cidade essencialmente militar.

 

Em 13 de junho de cada ano, eles comemoram o resgate de Corumbá das mãos do Paraguai, depois de dois anos de jugo. É feriado nesse dia. Por lá se sente a presença do Exército e da Marinha (por causa da fronteira feita de rios).

 

O Brasil é um em cada região. Se tudo der certo, meu próximo passo é conhecer a Região Norte do Brasil.

 

Hélio Consolaro é professor, jornalista e escritor

 

(Este texto é de responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião deste veículo de comunicação)


Anunciante
O 018News não se responsabiliza pelas notícias de terceiros.
Copyright © 2024 018News. Todos os direitos reservados.