O cronista não dá sossego a seus leitores. Publica seus textos em jornais, sites e blogs. Tem milhares de leituras, mas quer mais, reúne-os em livros por temas. Assim estou aqui mais uma vez com meu oitavo livro: "Anjo de plantão na UTI".
Esse livro apresenta crônicas publicadas durante a pandemia cujo tema é covid-19. A historiografia vai apresentar o período e suas características e interpretações. O cronista, filósofo do cotidiano, apresenta os detalhes, as idiossincrasias, os costumes, sem escapar nada.
Os 32 textos não estão em ordem cronológica de publicação, mas com a leitura, o leitor vai descobrir se ele foi escrito no início, no meio ou no fim da pandemia.
Dentre os textos, há duas novidades. "Salvou a vida", que é um conto inédito, apenas publicado no livro. A covid-19 não apenas matou gente, salvou também, chegou a ser cupido.
E um outro que não é de minha lavra "Tinha que respirar", de Antônio Luceni, professor e escritor da Academia Araçatubense de Letras. O Toninho quase bateu a caçoleta durante a pandemia, a covid-19 invadiu o seu corpo com toda força.
Ao procurar o título do livro, a minha primeira opção aparecia muitas vezes no Google. Fugi dele e voltei ao tradicional, fazer título do livro a melhor crônica dele. Então "Anjo de plantão na UTI" foi a escolhida porque nela fé e ciência não aparecem como antagônicas, mas em interação. O tema aparece também, com mais clareza, no texto "Ciência é conhecer o que Deus fez".
Fazer a capa de um livro é outro desafio, o escritor pede ajuda do artista plástico, ao arte-finalista. Ela é o primeiro marketing, fazendo com que o leitor vá para suas páginas.
Como o Google é a nossa enciclopédia eletrônica, fui buscar algumas imagens, atrás de inspiração. Digitei no busca "fé e ciência" e veio a imagem do famoso muralista de São Paulo Eduardo Kobra, muito conhecido no Brasil e no exterior. Título do mural: Ciência e fé.
Assisti ao documentário "Kobra - autorretrato", Youtube, de Lina Chamie. Muito bem feito e revelador da vida desse cidadão que se libertou da pobreza pela arte, transformando-se em defensor da vida e da paz.
O mural "Ciência e fé", com 20m por 10m, foi construído por Kobra durante a pandemia numa das paredes externas do Hospital das Clínicas e entregue a São Paulo no aniversário da cidade em 1922, 25 de janeiro.
Não chamei um astro da literatura para prefaciar o livro, mas um ex-aluno da Escola Estadual Genésio de Assim, um jornalista de Araçatuba que se interessa cada vez mais pela literatura: Antônio Reis. É o primeiro prefácio dele.
A editora é a Pindorama, também do escritor Deidimar Brissi, por onde o leitor pode adquiri-lo (R$39,40) de qualquer lugar do mundo, basta clicar sobre este linque: Anjo de plantão na UTI. Em breve, estará também na Amazon.
Já andei fazendo noites de autógrafos na Academia Araçatubense de Letras, na reunião do Rotary Cruzeiro do Sul e na assembleia do PT, com a presença do ministro Alexandre Padilha.
No próximo 19 de setembro, 19h30, estarei autografando o livro na Balada Literária do Quintal Cultural, av. Cussy de Almeida, 2088 - Araçatuba-SP, com venda no local. R$40,00, para facilitar o troco (ou Pix).
Pelas artes, e a literatura é o bordar com a palavra, a humanidade registra suas alegrias e tristezas. Não podemos esquecer as lições dolorosas da pandemia.
Hélio Consolaro é professor, jornalista e escritor
(Este texto é de responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião deste veículo de comunicação)