A disputa eleitoral em Araçatuba mal começou e alguns daqueles que ainda demonstram disposição em comparecer às urnas para escolher próximos prefeito, vice e vereadores da cidade, para o exercício de mandatos nos próximos quatro anos, já dão sinais de cansaço com a sujeira e o denuncismo disfarçado de moralismo que se espalha pelas redes sociais. E nem falamos aqui dos santinhos espalhados aos quilos pelas ruas das cidades no dia do pleito.
Facebook e Whatsapp são as redes prediletas de um público ainda provinciano que, pensando ser a disputa de 2020 cópia do que aconteceu dois anos atrás, acredita que a mentira mal contada, o “invencionismo” vão mesmo eleger alguém.
Basta seguir determinadas páginas e grupos nas redes sociais para, diariamente, receber verdadeiras avalanches de materiais com ataques. E eles não são apenas políticos, são variados, pessoais e desprovidos de comprovação alguma.
O que tentam fazer penetrar na mente de seus seguidores, em especial pessoas desprovidas de um certo conhecimento ou intelecto, é que o candidato de um é “santo” e o de outro “demônio”. Que o concorrente de uns “rouba” o erário e que o de outros será a “salvação da lavoura”, que vai tirar dinheiro do próprio bolso para salvar a população das desgraças decorrentes da falta de recursos públicos. Doce ilusão.
Falando muito diretamente, não sejamos hipócritas. Teremos nas eleições deste ano, pedindo o voto dos araçatubenses e tentando convencer a população a depositá-los, sabe-se lá sob qual persuasão, nas urnas em 15 de novembro, político de todo e qualquer calibre.
Gente que roubou? Sim, teremos como candidato. Quem matou, também. Inexperientes? Claro! “Macacos velhos” da política? É o que mais teremos. Assim como teremos os mentirosos. Estes, seguramente, serão quase todos. E estes que já de algum tempo estão nas redes tentando mostrar aquilo que não são. Até porque, com o advento da internet, qualquer um pode “denunciar”. Aos quatro ventos, isso é uma prática comum. Às autoridades, muito raramente. Até porque, mexer com polícia e Justiça, no geral, é mais complicado. Por qual motivo vão gastar tempo com procedimentos morosos e demorados se, nas redes, o “resultado” é quase que instantâneo?
Os preguiçosos, os vendilhões, os sem quinhão cultural e os que só estão fazendo barulho porque estão doidos para terem lá na Prefeitura ou Câmara sua devida “teta” vão sempre procurar o caminho mais fácil. Ainda mais quando se tem no telefone celular meia dúzia de créditos suficientes para ancorar um “fotinha”, um “videozinho” e uma postadinha.
Isso é o que, de fato, vemos nas redes todos os dias. Pior é que por trás de tudo isso tem tanta gente que durante anos mamou do “leite” público e no atual momento eleitoral estão bancando ataques e ações sórdidas contra esse ou aquele. Num atacar por atacar medíocre, amparado no egocentrismo por aquilo que não conseguiram de determinado vereador, prefeito, vice ou mesmo candidato que disputou o último pleito e perdeu.
O jogo está sujo e, certamente, vai piorar. Só amenizará caso Promotoria e Justiça eleitorais resolvam tomar providências diante do que certamente estão vendo. Talvez seja o momento de já agir pode dever de ofício, sem ter que ficar esperando a formalidade chegar. Estas eleições serão trabalhosas, em todos os sentidos. E esfriar os ímpetos será necessário. Ainda mais daqueles que não têm nada a comprova, mas apenas a “denunciar”.