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LEIA COM ATENÇÃO VACINA É APROVADA. MAS CALMA, AINDA VAI DEMORAR PARA CHEGAR A VOCÊ

Estado de São Paulo terá pouco mais de 1,3 milhão de doses para distribuir a 645 cidades

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A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou neste domingo (17) o uso emergencial da Coronavac, vacina contra o novo coronavírus produzida pelo Instituto Butantan de São Paulo em parceria com o laboratório chinês Sinovac. Da mesma forma, aprovou o uso do imunizante criado pela Universidade de Oxford/AstraZeneca e que, num primeiro momento, deverá ser importado da Índia e depois fabricado pela Fiocruz.

É a notícia que todo brasileiro temente à Covid-19 esperava desde o surgimento da doença, no início do ano passado. As vacinas são a grande esperança. No entanto, a aprovação dos dois imunizantes, o início da vacinação promovido pelo governo de São Paulo neste domingo, no Hospital das Clínicas, e a promessa do Ministério da Saúde de que a partir desta terça-feira (18) um total de 6 milhões de doses começam a ser distribuídos para todos os estados brasileiros cria um contexto de preocupação.

Todos os anúncios feitos neste domingo e tudo que está por vir a partir desta segunda-feira devem ser muito bem trabalhados perante a população pelas autoridades que farão as vacinas chegar à ponta da linha. No caso, a pessoas que estão ansiosas pela imunização.

Por mais que governadores e prefeitos tenham anunciado aos quatro cantos que vão fazer e desfazer a partir do início do plano de vacinação, é preciso ter muito cuidado com o que será dito de agora em diante, pois há uma tendência muito grande de que exista uma procura insana pelos imunizantes nas unidades de saúde existentes em qualquer cidade.

O grande problema é que o que há de vacina aprovado e liberado no Brasil não dá para o cheiro. Ou não dá para quem quer. Muito menos para todos que de fato precisam do imunizante neste período em que a Covid-19 só faz crescer o número de infectados e mortos.

Por mais que tenha sido prometido por dezenas de governadores e milhares de prefeitos que serão montados postos de vacinação específicos para o combate ao coronavírus; que serão criados sistemas para vacinação drive-thru, é preciso que a população tenha a ciência de que, nos próximos dias e semanas, nada disso estará em funcionamento.

Das 6 milhões de doses de vacina Coronavac disponíveis hoje no Brasil, em armazém do Instituto Butantan, é preciso que as pessoas entendam que 4.636.936 delas serão destinadas a 25 estados e o Distrito Federal. O Estado de São Paulo ficará com 1.357.940 doses, número determinado pelo Programa Nacional de Imunização.

Se levarmos em consideração apenas as vacinas que serão distribuídas no Estado de São Paulo. E se fizermos uma divisão igualitária do total de doses entre 645 cidades, sem colocarmos na ponta do lápis o tamanho de cada uma e suas respectivas populações, chegaríamos à constatação de que seriam distribuídas 2.105. Mas, não é e não será isso. De imediato, as cidades maiores ficarão com as maiores fatias do bolo e as pequeninas com o mínimo do mínimo.

Logo, é certo que não haverá drive-thru, postos volantes de vacinação nem endereços específicos. E mais, quem vai ter acesso às parcas vacinas disponíveis neste momento serão apenas profissionais que trabalham na área da Saúde. Mais precisamente, quem está na linha de frente do tratamento de pacientes infectados pelo novo coronavírus.

Desta forma, em especial as prefeituras de São Paulo e do restante do país, cujos gestores se anteciparam em dizer que vão vacinar suas populações em datas específicas, precisam ir a público explicar que nem nesta semana nem na próxima ou na outra e mais outra haverá vacina para a população em geral.

SÓ HÁ VACINA PARA PROFISSIONAIS DA SAÚDE. E OLHEM LÁ. Essa é realidade de momento. E o negacionismo à Covid-19 passa longe deste texto e deste singelo veículo de comunicação. O que precisamos é de realidade, verdade neste momento.

Do contrário, veremos a partir desta segunda-feira, filas de pessoas não esclarecidas, idosos, portadores de comorbidades e afins diante das unidades de saúde de nossas cidades. O que pode causar aglomerações e, em vez de esperança de cura, gerar novas infecções e mortes.

Os gestores municipais, os governadores, quem cuida da saúde pública, precisa explicar em mínimos detalhes, que a esperança de cura à Covid-19 está aprovada no Brasil, mas ela ainda está distante da grande maioria dos brasileiros.

O momento é de controlar a ansiedade e também a população. Do contrário, o que está aí para ser glorificado poderá ser manchado por irresponsabilidades, mentiras e falta de compromisso com a vida de cada pessoa.


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