O Prêmio Nobel, conhecido mundialmente, é concedido todo ano por instituições suecas e norueguesas a seis tipos de categorias: química, física, literatura, medicina, economia e paz.
A finalidade da premiação é o reconhecimento de pessoas ou instituições que, no ano anterior, realizaram pesquisas, descobertas ou contribuições notáveis em favor da humanidade.
Nenhum brasileiro, ainda, foi contemplado com o prêmio, sinal de que o Brasil precisa de mais investimento em educação, ciência e tecnologia.
Mas, qual a origem desse prêmio e do seu criador? Alfred B. Nobel, de família pobre, nasceu na Suécia em 1833 e acumulou grande fortuna com patentes de armas e a exploração de poços petrolíferos na Rússia.
Nobel foi o inventor da dinamite, ficando conhecido na época como “o mercador da morte”. Seus experimentos com bombas causaram muitas mortes, inclusive a do seu irmão mais novo, Emil O. Nobel. Mas, por outro lado, Nobel também trouxe benefícios para a humanidade, a exemplo, com a invenção da dinamite, que foi e é utilizada para a abertura de minas, estradas e rodovias no mundo.
Nobel foi proprietário de empresas de fabricação de armas para guerras e no século XIX era uma das pessoas mais ricas do mundo. Victor Hugo o denominava como “o vagabundo mais rico do mundo”.
Próximo ao final da vida, sem filhos e decepcionado com o uso de seus inventos para fins bélicos, Nobel deixou um testamento destinando grande parte de seus bens para criar esse prêmio.
A história registra, também, que Nobel foi apaixonado pela pacifista, Bertha von Suttner, a mulher que o influenciou a criar esse prêmio e a primeira a receber um Nobel da paz.
Nobel, pode-se afirmar, teve uma vida de contradição, portanto; no decorrer dela, construiu e forneceu armas usadas para a guerra, mas, depois, buscou cultivar a paz, tornando-se um visionário do bem, com a criação da sua fundação, que instituiu esse relevante prêmio.
Nobel tornou-se um exemplo de que sempre há tempo para mudança, pensar diferente e fazer a coisa certa.
Enfim, analisando-se a história de Nobel, parece que a intenção dele ao instituir esse prêmio foi “compensar” as mortes que causou direta (por meio dos experimentos) ou indiretamente (pelas guerras) com os seus inventos bélicos. Se era isso, ele conseguiu e acertou.
Adelmo Pinho é promotor de justiça em Araçatuba (SP), articulista e escritor
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