O prefeito de Birigui, Leandro Maffeis (PSL) foi “pego no pulo” esta semana, em um supermercado da cidade, com o carro oficial da Prefeitura. O assunto, como alguns colegas da imprensa regional destacaram “viralizou” na internet e o gestor novato da cidade foi crucificado até o último fiapo de sua alma, como se tivesse cometido o maior dos “crimes” ou a mais execrável das “infrações” político-administrativas, conforme as leis vigentes no Brasil. Pura idiotice. Coisa de gente pequena. De imprensa pequena. De figuras que desconhecem o judiciário do país e que não acompanha os exemplos que nos são mostrados corriqueiramente pela grande mídia. Simples, assim.
SEM PROCURAÇÃO
Este sitezinho noticioso não tem procuração alguma de Maffeis para escrever uma linha sequer a seu favor. Pelo contrário. Diverge, em muito, com o “bolsonarismo’ por ele incorporado e travestido durante a campanha eleitoral, incabível para o “sertão” em que vivemos, onde as prefeituras dependem da misericórdia de deputados, Estado e União, num desfile de pires que passa de cá para lá no decorrer de todo um mandato. Nem por isso, a ida de Maffeis ao mercado com o carro da Prefeitura é o pior dos sacrilégios.
JÁ ACONTECEU ANTES
Para os próprios biriguienses, e aqueles que “viralizaram” a foto do carro usado por Maffeis no mercado, vale lembrar que o assunto não é novidade no município, uma vez que, no passado, um certo prefeito bastante aclamado por parte da população local também foi “flagrado” com o veículo da Prefeitura durante suas compras em um supermercado local. Na ocasião, o assunto também rendeu falatório. Sem as redes sociais na época, as “justiceiras” e “garantidoras da lei e da ordem”, ainda assim o assunto ganhou páginas em jornais e as ondas de rádios da região. Mas, como previsto, em nada deu.
FOFOQUEIROS DE PLANTÃO
Desta forma, o exemplo do carro da Prefeitura de Birigui no mercado, com o prefeito Maffeis, não passa de picuinha besta. Assunto que mais serve para atrair likes em sites noticiosos, páginas de rede social e ferramentas de fofoqueiros de plantão. Sim, não nos esqueceremos aqui de lembrar que Maffeis baixou um decreto recente cortando gastos na Prefeitura de Birigui por conta do buraco nos cofres municipais que encontrou ao chegar ao Executivo. Uma coisa não tem nada a ver com a outra e não é o uso do carro que vai resolver os problemas financeiros da Prefeitura. Até porque, Maffeis disse em nota oficial que é ele quem está abastecendo o veículo com o próprio dinheiro.
DOIS PESOS, DUAS MEDIDAS
Em tempo, a mesma “viralização” sobre o bendito carro da Prefeitura no estacionamento de um mercado de Birigui não se deu quando Maffeis meteu a mão na massa para lavar o “possante” municipal na sua casa. Valeria, neste caso, perguntar: Se para ir ao mercado o chefe do Executivo, que tem que estar a servido do município 24 horas por dia, não poderia ter usado o carro em questão, Maffeis deveria tê-lo lavado como o fez? Para muitos, o banho no “carango” foi visto como média de prefeito principiante. Para quem acompanha a política um pouco mais de perto, pode ter sido um pequeno exemplo: o de que lavar o carro não é obrigação apenas do motorista que o dirige, mas de todos o usam.
ENTÃO, SEGUE O BAILE
Tudo isso quer dizer que o bolsonarista Maffeis é “santo”, então? De jeito algum. Ele certamente cometerá seus deslizes na gestão pública de Birigui e como qualquer outro administrador público correrá o risco de chegar ao fim do mandato com uma penca de questionamentos judiciais sobre as costas. O episódio do carro não lhe servirá nem de lição. Não passará de um alerta para que não venha a dar motivos futuros para que os “fiscais de redes sociais” atormente sua vida. Desta forma, vale lembrar que, estacionar carro oficial em local proibido, em especial vagas para deficientes físicos, é outra coisa que dá o que falar nas redes. Do resto, segue o baile.