Em um estudo recentemente publicado na Journal of Agriculture and Food Research, o prof. Giuliano Pincerato, coordenador dos Cursos de Arquitetura e Engenharia Civil do UniSALESIANO, apresenta descobertas promissoras sobre o potencial do milheto (Pennisetum glaucum) na redução da ecotoxicidade de solos contaminados por herbicidas e inseticidas.
A pesquisa analisa o uso do milheto em solos tratados com o herbicida tebuthiuron (TBT), o inseticida thiamethoxam (TMX) e a vinhaça — um subproduto orgânico da produção de açúcar e álcool — para promover a saúde do solo e mitigar os efeitos adversos dos agroquímicos.
O estudo aponta que o período de crescimento do milheto e o tempo de coleta de amostras foram fatores determinantes para a saúde do solo e para a germinação de sementes de Lactuca sativa (alface), utilizada como indicador do estado do solo. Intervenções precoces após a semeadura mostraram melhorias rápidas, revelando que essa prática pode reduzir a ecotoxicidade de forma eficaz.
“Esse artigo representa um avanço importante no meu projeto de doutorado, que é focado em alternativas para minimizar os impactos ambientais de agroquímicos, especialmente em regiões de cultivo intensivo. Com a publicação deste segundo artigo em uma revista internacional de alto impacto, fico próximo de concluir minha tese. Um terceiro artigo, com resultados adicionais da pesquisa, será publicado em novembro”, disse.
Segundo Pincerato, o impacto dessa pesquisa também lhe garantiu uma bolsa para um programa de intercâmbio na Universidade da Flórida, em Boca Raton, onde ele dará continuidade ao estudo sobre fitorremediação. “Este intercâmbio, previsto para julho do próximo ano, será essencial para finalizar meu doutorado”, destacou o coordenador, ao lembrar que a bolsa, que cobre 70% dos custos, foi viabilizada pelo programa de doutorado da UNESP e oferece uma valiosa oportunidade de colaboração internacional.
Ao finalizar sua tese e participar do intercâmbio, Pincerato, que também integra o Grupo de Estudos de Ação em Impactos Ambientais (GAIA-FECAT) da Unesp de Dracena, sob a orientação do Prof. Dr. Renato Matos Lopes, reforça o compromisso da UniSALESIANO e da UNESP com pesquisas de impacto global, que contribuem para a sustentabilidade e saúde ambiental do setor agrícola.