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A Câmara de Araçatuba decide nesta segunda-feira (03) se cria ou não CP (Comissão Processante) contra o prefeito Dilador Borges (PSDB), com base em denúncia feita pelo engenheiro da Prefeitura e possível candidato a prefeito nas eleições de 2020 pelo PSL, Rodrigo Andolfato, que o acusa de cometer ato de irresponsabilidade no cargo mediante perseguição política.
Parecer emitido pelo jurídico da Câmara indica que a denúncia formalizada por Andolfato não apresenta provas consistentes que justifiquem a eventual instalação de procedimento visando à cassação do mandado de Dilador. Fator que pode pesar na decisão dos vereadores pelo arquivamento da denúncia contra o prefeito.
Caso isso se confirme, será mais uma derrota de Andolfato em investidas contra integrantes da administração municipal. Conforme publicação no Diário Oficial do Estado em 1º de novembro do ano passado, o engenheiro e militante político teve uma denúncia feita contra a vice-prefeita Edna Flor (PPS) e o assessor direto dela na Prefeitura, Lázaro Eduardo Pereira, arquivada pelo Ministério Público também por falta de consistência.
Edna Flor foi acusada de ter cometido “improbidade administrativa” e “violação a princípios” pelo suposto uso de influência política ao determinar que o funcionário de uma empresa contratada pela Prefeitura para construir rampas de acesso a portadores de necessidades especiais não quebrasse a calçada em frente a um determinado estabelecimento comercial da rua Marcílio Dias.
Uma gravação também teria sido usada para denunciar a suposta ilegalidade, passada pelo assessor de ordem ao operador de máquina da empresa que construía rampas de acesso na ocasião. No áudio, a pessoa diz ao trabalhador que a calçada em frente ao estabelecimento, pela rua Marcílio Dias, não seria quebrada. Penas seria feito o serviço na via lateral ao estabelecimento, que fica em uma esquina.
Por conta desse episódio, Andolfato foi alvo de uma sindicância da administração municipal por, supostamente, “ter se recusado a cumprir determinações superiores e referido-se publicamente, de modo depreciativo, às autoridades constituídas e aos atos da administração”.
As apurações contra o engenheiro, na esfera administrativa, acabou não resultando em implicações a Andolfato e o caso foi arquivado, com homologação assinada pelo prefeito em 28 de fevereiro deste ano.