Um segundo suspeito de participar do sequestro e manter um casal refém, foi preso pela polícia. O crime ocorreu no último dia 24, em Penápolis, e teve como vítimas um médico de 70 anos e sua esposa, de 75.
Na época, o casal ficou no poder de ao menos quatro bandidos por aproximadamente 9 horas. Eles levaram pelo menos R$ 7,5 mil e o carro das vítimas, um Tracker Chevrolet, que foi encontrado incendiado.
As investigações do caso estão concentradas no 1º DP (Distrito Policial) de Penápolis, que tem a frente o delegado Thales Eduardo Anhesini. Segundo ele, a prisão do segundo envolvido, um desempregado de 21 anos, aconteceu durante cumprimento de decisão judicial no último dia 14 deste mês.
Ele moraria no Residencial São Francisco e foi identificado pelas vítimas. Segundo apurado, ao prestar esclarecimentos, ele confessou a coautoria com mais duas pessoas e um quarto suspeito que, por ser conhecido de um dos comparsas, não soube dar mais detalhes. O primeiro preso foi capturado em 30 de novembro pelo bairro Marco Guerreiro.
DETALHES
Conforme as investigações, no dia do crime, quando faziam uso de entorpecentes, o primeiro a ser detido teria tido a ideia de praticarem o assalto. Ele estaria com um simulacro de arma de fogo do tipo pistola.
O grupo saiu e foi até próximo de um restaurante nas proximidades de uma instituição de ensino, aguardando para praticarem o roubo. Uma quarta pessoa teria desistido de acompanhá-los e acabou discutindo com o comparsa que propôs o roubo.
Após renderem o casal, os criminosos seguiram com o automóvel até o bairro rural Córrego Grande. Após percorrerem cerca de oito quilômetros, o carro foi parado e o médico e a esposa foram colocados sentados no chão, perto de um canavial. Eles foram mantidos reféns por dois bandidos, enquanto os outros dois saíram com o veículo.
Passado algum tempo, apenas um dos criminosos voltou com o veículo, trazendo entorpecentes. O grupo deixou o local com as vítimas, percorreu algumas ruas da cidade e, na sequência, seguiram para Alto Alegre.
Já na madrugada do dia 25, por volta das 3h30, estavam nas imediações da antiga Usina Campestre, quando os assaltantes conseguiram fazer a primeira transferência por Pix de R$ 2,5 mil, usando os cartões das vítimas.
MOTEL
Por volta das 5h, a quadrilha seguiu para um motel às margens da rodovia Assis Chateaubriand (SP-425), próximo ao bairro Boa Esperança, mantendo o casal em cárcere privado, até pouco antes das 7h. Os bandidos pagaram a conta do estabelecimento usando um dos cartões e seguiram sentido Braúna pela pista.
Ao passarem pelo pontilhão da linha férrea, pegaram uma estrada sentido ao bairro rural da Jacutinga, onde mandaram que as vítimas descessem, fugindo com o carro em seguida. O médico e a esposa caminharam por algum tempo, quando encontraram uma pessoa e pediram ajuda para serem levados ao plantão policial.
Na unidade, foi feito contato com o banco, sendo constatado que outra transferência havia sido feita, desta vez, no valor de R$ 5 mil. Ainda conforme as investigações, o segundo preso foi deixado em sua casa, sabendo posteriormente que os demais comparsas haviam colocado fogo no carro do casal.
No período da tarde do dia 25, uma equipe da PM foi acionada por uma das vítimas. Ela informou que o sistema de segurança do automóvel acusou que o veículo estava em uma área rural às margens da estrada Kemil Rahal. Policiais foram até a pista e, no quilômetro 2, próximo da linha férrea, acharam o carro totalmente incendiado.
BRIGA
A polícia ainda descobriu que, por não ter recebido nenhum valor, no dia seguinte ao crime, o segundo preso e outro comparsa foram cobrar daquele que teria partido a ideia do roubo, após descobrirem que ele tinha feito Pix para contas suas, negando aos colegas de crime que tivesse feito qualquer transferência.
Neste momento, teria ocorrido uma briga entre o primeiro preso e o que está foragido, sendo que o rapaz “puxou um facão” para os dois, chegando a trocar socos. Na sequência, o mentor do assalto pegou o facão e, com isso, foram embora. O caso segue em investigação.