O Instituto Adolfo Lutz informou à Santa Casa de que três pacientes que morreram no hospital, nos dias 15 e 16 de fevereiro, com sintomas de gripe H1N1, não tiverem a doença. A conclusão se deu por meio de exames realizados em amostras de secreções e materiais colhidos dos doentes para investigação.
Na ocasião, a própria Santa Casa havia informado que Dois homens e uma mulher que estavam internados, para tratamento de Síndrome Respiratória Aguda Grave, vieram a óbito e que as suspeitas das mortes era a gripe H1N1, conforme dados do Serviço de Vigilância Hospitalar da instituição de saúde.
A primeira morte foi registrada às 4h52 do sábado (15). Tratava-se de paciente do sexo masculino, de 52 anos, que residia na cidade de Valparaíso. Ele deu entrada na Santa Casa de Araçatuba no dia 12 de fevereiro e ficou três dias internado.
Também no sábado, morreu outro homem, de 42 anos, morador de Araçatuba, que foi internado na sexta-feira e veio a óbito por volta das 9h do dia seguinte. Já a terceira morte registrada foi de uma mulher, de 34 anos, também moradora de Araçatuba. Ela estava internada desde o dia 10 de fevereiro e veio a óbito às 17h03 deste domingo.
Com a informação do Instituto Adolfo Lutz, de que os pacientes não tinham H1N1, a Santa Casa não noticiou o que pode ter levado os pacientes à morte. Ambos poderiam ter outros problemas de saúde, eventualmente agravados por quadro de gripe comum.
O QUE É A H1N1
A gripe H1N1 é uma doença provocada pelo vírus de mesmo nome, cujos sintomas são semelhantes aos da gripe comum. Entretanto, é preciso ficar atento a alguns sinais para procurar ajuda médica.
A gripe H1N1, ou influenza A, é provocada pelo vírus H1N1, um subtipo do influenzavírus do tipo A. Ele é resultado da combinação de segmentos genéticos do vírus humano da gripe, do vírus da gripe aviária e do vírus da gripe suína (daí o nome pelo qual ficou conhecida inicialmente), que infectaram porcos simultaneamente.
O período de incubação varia de três a cinco dias. A transmissão pode ocorrer antes de aparecerem os sintomas. Ela se dá pelo contato direto com os animais ou com objetos contaminados e de pessoa para pessoa, por via aérea ou por meio de partículas de saliva e de secreções das vias respiratórias. Experiências recentes indicam que esse vírus não é tão agressivo quanto se imaginava.