O Tribunal do Júri da Justiça Estadual condenou Mário José Mota, de 43 anos, a oito anos e dois meses de reclusão, em julgamento ocorrido nesta quarta-feira (09), em Araçatuba (SP). Ele se tornou réu após ser acusado de ser o autor de duas tentativas de homicídio, ocorridas em junho de 2020, ao lado do estacionamento do Supermercado Muffato, no bairro Alto da Saudade.
Ele foi denunciado pelo MP (Ministério Público Estadual) por homicídio qualificado, após ter tentado mantar uma mulher de 42 anos, que era companheira dele na época do crime. Na ocasião ele também teria atentado contra a vida e um açougueiro de 24 anos, que enfrentou Mota, para defender a mulher do agora condenado.
De acordo com o promotor de Justiça, Adelmo Pinho, os jurados acataram a tese da defesa e, excluíram a qualificadora de motivo fútil para a tentativa de homicídio contra a mulher.
A sentença foi proferida pelo juiz Henrique de Castilho Jacinto. Após receber a sentença, Mota foi informado que a pena começará a ser cumprida incialmente em regime fechado, sem direito de apelar em liberdade.
O CRIME
Conforme a denúncia do MP, no dia do crime, o sentenciado tentou enforcar a mulher após ela negar dinheiro para que ele comprasse drogas.
O crime só não se consumou pelo fato de três pessoas que saíam do supermercado terem interferido em favor da mulher.
Uma destas pessoas era o açougueiro de 24 anos. Ele se aproximou do casal e perguntou o que estava acontecendo. Diante da intervenção, o acusado pegou um facão que estava em um carrinho de mão e, investiu contra o açougueiro, acertando um golpe de raspão em seu abdômen. A vítima ainda tentou correr, mas devido a um problema na perna, acabou caindo no chão.
Quando o réu se preparava para aplicar um golpe de facão no pescoço do açougueiro, uma equipe da Polícia Militar chegou e ordenou que ele largasse o facão, porém ele se recusou.
Ao perceber que o acusado iria golpear a vítima, um dos PMs efetuou dois disparos contra o acusado, um deles atingiu seu abdômen.
O acusado foi socorrido até a Santa Casa de Araçatuba, onde permaneceu sob escolta policial até se recuperar. Após o tratamento médico ele foi encaminhado ao sistema prisional, onde aguardava o julgamento.
