Araçatuba
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DEU RUIM... APÓS 'BOTE' DA OPERAÇÃO RAIO X, SMOLENTZOV DEIXA REGIONAL DA SAÚDE

Médico nefrologista foi alvo de busca e apreensão; companheira dele está presa

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O médico nefrologista Sérgio Smolentzov não é mais Diretor Regional de Saúde. Ele foi exonerado do posto de comando do DRS 2, departamento sediado em Araçatuba e responsável por comandar ações da Secretaria de Estado da Saúde em pelo menos 40 cidades do Noroeste de São Paulo.

Smolentzov, que estava no cargo desde dezembro do ano passado, deixa a direção do DRS 2 menos de um mês após ser alvo de busca e apreensão durante a Operação Raio X – deflagrada pela Polícia Civil e o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), órgão do Ministério Público – que desmantelou esquema criminoso envolvendo OSs (Organizações Sociais) da região e que teria desviado cerca de R$ 500 milhões de contratos de prestação de serviços na área da Saúde Pública em 27 cidades de quatro estados.

A exoneração do médico foi publicada no Diário Oficial do Estado, desta terça-feira (20), com validade retroativa ao último dia 13. Apesar de só agora a saída ter sido oficializada, Smolentzov já havia se despedido de colegas na semana passada.

No dia 29 de setembro, policiais civis que atuaram na Raio X cumpriram mandados de busca na sede do DRS 2, em Araçatuba, e também na casa do então diretor regional, onde foram apreendidos equipamentos eletrônicos e documentos.

Na ocasião, a Raio X levou para a cadeia mais de 50 pessoas envolvidas com organização criminosa que tinha como chefe, segundo a Polícia Civil e o Gaeco, o médico anestesista Cleudson Garcia Montali, que já ocupou no passado o cargo de Smolentzov, no comando do DRS 2.

O grupo criminoso usava para a formalização de contratos de prestação de serviços em saúde um conjunto de organizações sociais, sendo as principais a Irmandade Santa Casa de Misericórdia de Birigui e a Irmandade Santa Casa de Misericórdia de Pacaembu. Nos últimos dois anos, o grupo teria movimentado cifras da ordem de R$ 2,5 bilhões, por meio de contratos firmados nos estados de São Paulo, Paraná, Paraíba e, principalmente, no Pará.

No dia em que a operação foi deflagrada, a companheira do médico Sérgio Smolentizov, a enfermeira Fernanda D’Angelo Contardi, foi presa acusada de ser braço-direito de Cleudson Montali na gestão dos contratos firmados de maneira criminosa no entendimento da Polícia Civil e promotores que representam o Ministério Público por meio do Gaeco. Ela continua presa preventicamente.


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