A Justiça decretou na tarde desta sexta-feira (13) a prisão preventiva dos dois suspeitos de terem assassinado e esquartejado o advogado Ronaldo César Capelari, de 53 anos, em Araçatuba (SP). O corpo dele foi encontrado no dia 14 de janeiro deste ano dentro de três sacos no bairro Águas Branca.
A jovem Laís Lorena Crepaldi, de 20 anos, e o namorado dela, Jhonathan Andrade Nascimento, de 21 anos, estavam presos temporariamente desde a época do crime. Ambos estão à disposição da Justiça em presídios da região.
A Polícia Civil concluiu o inquérito na segunda-feira (9) e indiciou o casal. Nesta sexta-feira (13), ambos foram denunciados pelo Ministério Público por latrocínio, roubo seguido de morte e destruição de cadáver.
Antes de confirmarem a participação do casal no assassinato, a polícia chegou a prender três homens apontados por Laís. Contudo, ela voltou atrás e afirmou que mentiu durante depoimento para defender o namorado que, até então, não tinha sido preso. O trio teve a prisão revogada e foi liberado.
De acordo com o Ministério Público, Laís também responderá pelo crime de denunciação caluniosa por ter indicado a participação dos três homens.
INVESTIGAÇÃO
O caso começou a ser investigado depois que a família de Ronaldo procurou a delegacia para registrar um boletim de ocorrência de desaparecimento. Duas horas depois, a caminhonete dele foi encontrada com marcas de sangue, em uma estrada de terra, em Birigui (SP).
Outra denúncia anônima levou os policiais militares até o imóvel onde o corpo foi encontrado, na noite do dia 14 de janeiro. Não havia ninguém dentro da casa, mas Laís, sabendo que a polícia estava à procura da locatária da casa, compareceu na Delegacia de Investigações Gerais (DIG) para falar sobre o caso, na manhã do dia seguinte.
Segundo a Polícia Civil, ela contou durante depoimento que tinha deixado o imóvel aberto e sabia o que havia acontecido. No entanto, posteriormente, ela confessou que tinha atraído o advogado até o local.
As investigações continuaram e a polícia descobriu a participação do namorado dela, que foi preso por volta da meia noite do dia 16 de janeiro. O jovem confessou que cometeu o assassinato.
Além disso, ele contou que tinha combinado com a namorada de roubar a caminhonete e os pertences do advogado. Contudo, Ronaldo foi atingido por golpes na cabeça assim que entrou no imóvel.
Então, o casal decidiu matar o advogado e depois esquartejou porque não conseguiu colocar o corpo de Ronaldo para desová-lo. Agentes do Instituto de Criminalística (IC) e da Polícia Civil realizaram uma nova perícia na casa onde o advogado foi morto.
Os trabalhos contaram com um material chamado Luminol, um elemento químico capaz de identificar vestígios de sangue. Os resultados foram incluídos no inquérito.