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EM ESTOQUE ARAÇATUBA TEM CLOROQUINA PARA TRATAR COVID, MAS SÓ COM RECEITA MÉDICA

Remédio "do" Bolsonaro está sendo usado em hospitais ou quando prescritos por médico responsável

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Durante a live realizada nesta terça-feira (14) pela secretaria municipal de Saúde de Araçatuba, para tratar de assuntos relacionados à pandemia de Covid-19, a secretária Carmem Guariente, responsável pela pasta, e a dirigente da Divisão de Assistência Farmacêutica, Mônica Pagani Canalis, afirmaram que o município tem na rede municipal os medicamentos ivermectina e a cloroquina, usado por algumas cidades no combate ao novo coronavírus.

No entanto, o município não tem propagado a disponibilidade de tais medicamentos por considerar que eles só devem ser ministrados mediante prescrição médica. Tanto a ivermectina como a cloroquina e também a hidroxicloroquina – medicamento que tem como principal garoto-propaganda no combate à Covid-19 o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), infectado pela doença – não possuem comprovações científicas de que são eficientes contra o vírus.

Ainda assim, existe por todo o país, incluindo Araçatuba, uma cobrança grande de militantes bolsonaristas – muitos deles que não foram infectados pela Covid-19 e que não sabem o que é ter a doença – para que tais medicamentos sejam distribuídos à população como forma preventiva à doença.

A chefe da divisão farmacêutica do município afirma que a rede municipal possui em seus estoques, há muito tempo, a ivermectina, azitromicina (antibiótico), predinisona (corticóide) e também a cloroquina – recebida do Ministério da Saúde. No entanto, tais remédios estão sendo ministrados a pacientes de forma ambulatorial e com acompanhamento médico. Já a hidroxicloroquina, a exemplo de outros medicamentos, está disponível apenas para uso restrito hospitalar.

A lista de remédios ainda inclui antitérmicos, analgésicos e anti-inflamatórios, como ibuprofeno, dipirona e paracetamol, também disponíveis na rede, mas todos apenas são entregues mediante apresentação de receita médica, bem como a ceftriaxona, que alguns médicos receitam quando comprovada associação de pneumonia com bactéria, além da pneumonia viral.

“O que não se fornece são os medicamentos de uso hospitalar, estritos aos casos mais graves em internação, mas os que são prescritos por médicos, desde que começou a procura em virtude da pandemia, nós temos e estamos atendendo”, afirma dirigente.

Carmem Guariente diz que a gestão pública é obrigada a seguir protocolos e normas governamentais e não tem autorização para distribuição livre de medicamentos. “O que está em nossa normatização para uso geral nós entregamos, pois seguimos o padrão que temos, sempre dependendo de prescrição médica. O médico prescreveu, ele é responsável. Não é a Prefeitura, nem o prefeito que pode receitar ou mandar entregar. Não há protocolo para entrega livre a todos, não há protocolo para distribuição livre de kit nenhum desses medicamentos. Até o Ministério da Saúde diz apenas que é recomendável, mas sempre com avaliação e prescrição médica”, reforça a secretária.

Além de tratar dos medicamentos sob prescrição médica, as representantes municipais da Saúde também abordaram o incentivo ao uso de vitamina D e Zinco, que sempre foram liberados e valem como reforço à saúde, principalmente à imunidade. “São suplementos importantes, mas não são medicamentos para cura ou tratamento do Covid. Essas vitaminas vão ajudar muito na manutenção da saúde, bem como a alimentação e hábitos saudáveis, mas não podem ser confundidos com remédios, apesar de serem recomendados”.


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