A Justiça Estadual de Araçatuba condenou o assaltante Régis Fred Souza, de 49 anos, a pena de 87 anos de prisão pela participação no assalto a empresa de valores Protege, em 16 de outubro de 2017. A sentença, proferida nesta segunda-feira (17), é do juiz Roberto Soares Leite.
Souza foi condenado pelos crimes de latrocínio consumado, duas tentativas de latrocínio, incêndio agravado e de explosão agravado, e falsidade ideológica.
Durante os mais de 20 anos em que esteve foragido, ele fez uso de documentos falsos, para se safar da polícia. O assaltante foi preso em março do ano passado, após intenso trabalho de investigação. Ele foi encontrado escondido na casa de familiares, em São Carlos (SP).
No assalto a empresa de valores de Araçatuba, ele foi apontado como um dos responsáveis pela logística da quadrilha na região antes e durante a execução do assalto.
Além de imprimir terror na cidade, também foi interrompida a passagem em rodovias. Vários explosivos foram usados para destruir a sede da empresa. No ataque, o policial civil André Luís Ferro da Silva, que integrava o GOE (Grupo de Operações Especiais), mas estava de folga no dia, foi morto.
Além do policial, outras duas mulheres ficaram feridas por estilhaços, durante a ação dos criminosos.
OUTROS CRIMES
Além da participação do assalto ocorrido em Araçatuba, Souza também é acusado de roubo a banco nos assaltos da Caixa Econômica Federal, em setembro de 2018, em Bauru, e em outras agências em Ourinhos e Botucatu.
Souza também teria feito parte da quadrilha que assaltou a sede da empresa Prossegur, no Paraguai, em 2017. Apontado como uma das principais lideranças criminosas, foi a partir de um celular apreendido na ação que os policiais chegaram até o esconderijo dele.
CODINOME
Conhecido nos meios policiais pelo apelido de “Neguinho”, o acusado nasceu em Araçatuba, onde viveu até 1996, quando foi preso por tráfico de drogas. Depois de cumprir pena, foi morar em Campinas, onde também teve condenação por roubo. A polícia aponta que ele passou vários anos na Bolívia, onde começou a fazer uso de identidades falsas.
DENUNCIADOS
O Ministério Público denunciou em de agosto de 2018 um total de 18 pessoas, sendo que 15 por latrocínio consumado, latrocínios tentados, incêndio e explosão. Outros três, além desses crimes, por associação criminosa. As penas dos condenados até o momento somam pelo menos 650 anos de prisão.