Nesta quinta-feira (08/08), foi celebrado o Dia Nacional de Combate ao Colesterol. A ocasião é importante para incentivar ações de conscientização e prevenção ao colesterol alto.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia, somente no País, cerca de quatro entre dez pessoas adultas têm um nível alterado de colesterol. Os dados foram divulgados no site do governo federal, no ano passado.
Isso revela um número preocupante. Aproximadamente 40% dos brasileiros sofrem com esse problema, ultrapassando até mesmo os números dos EUA.
O colesterol é o tipo de gordura presente no organismo e é responsável pelo bom funcionamento do nosso corpo. São três tipos de colesterol, sendo o LDL o mais perigoso, pois com a formação de placas de gordura nas paredes das artérias, pode ocasionar uma série de doenças.
O HDL é considerado o “colesterol bom”, uma vez que tem o poder de limpar as artérias. Quanto maior sua taxa, menor o risco de doenças cardiovasculares.
Por fim, o VLDL. Em excesso, também é prejudicial. Ele transporta os triglicerídeos (um tipo de gordura) na corrente sanguínea.
Atividade física
Cerca de 70% do colesterol é produzido pelo fígado e os outros 30% vêm da alimentação. Além do tratamento médico e alimentos balanceados, a atividade física também tem um papel fundamental na qualidade de vida do paciente que sofre com o problema.
A atividade física é uma grande promotora de saúde e qualidade de vida. Sendo assim, o educador físico Henry Ricoboni, de Araçatuba, destaca que, entre os benefícios que ela proporciona, está a redução das taxas de gordura no sangue.
“A atividade física tem uma relação direta com o ‘colesterol bom’. Uma pessoa ativa, que pratica esporte ou qualquer outra atividade física com frequência, pode aumentar em até 20% as taxas do HDL. Ele (HDL) faz o caminho inverso do LDL, retirando as placas de gordura das paredes das artérias”.
Com a melhora da taxa do HDL, o praticante de uma atividade física consegue obter mais saúde e, com isso, diminuir os riscos de doenças cardiovasculares.
Qual o melhor exercício?
Segundo o profissional, não existe exercício ideal ou mais indicado para quem quer melhorar o colesterol. O ideal é que haja uma mudança de hábito e a pessoa se torne mais ativa.
Porém, pensando de forma isolada, Ricoboni conta que é importante combinar as atividades anaeróbicas, mais presentes na musculação, com atividades aeróbicas.
Na falta de uma academia de musculação, por exemplo, cada um pode eleger um tipo de atividade. Caminhar, correr, andar de bicicleta, nadar e assim por diante, são práticas bastante válidas e que ajudam o corpo a se movimentar.
Tempo
Em relação ao tempo para cada atividade física, a pessoa deve observar a constância dos estímulos. Quanto mais constante for a prática, mais isso se torna um hábito e estilo de vida.
De forma geral, para melhorar o condicionamento físico e capacidade cardiorrespiratória, o educador físico indica exercícios três vezes na semana, no mínimo. Por dia, 30 ou 40 minutos são suficientes. Tudo também vai depender das condições individuais de cada um.
“Com isso, é possível ativar o metabolismo, estimular o corpo na queima das gorduras presentes na corrente sanguínea e diminuir a pressão arterial. Essas atividades vão corroborar para uma melhora da saúde como um todo”, finaliza.
Sobre Henry Ricoboni
Henry Ricoboni é formado pela PUC-PR (Pontifícia Universidade Católica do Paraná) há 16 anos e se dedica a trabalhos de reabilitação e treinamento funcional.
Também criador do método Ricoboni System, que integra movimentos funcionais e ginástica natural a gestos esportivos dentro do treinamento de musculação com o objetivo de aumentar a eficiência e a motivação no processo de emagrecimento.