Birigui é o primeiro município da região de Araçatuba a registrar caso positivo de Monkeypox, doença que está sendo tratada popularmente como varíola do macaco, apesar de não ter nenhum tipo de relação com o animal.
O caso foi confirmado pela assessoria de imprensa da Secretaria de Estado da Saúde na tarde desta quinta-feira (04). No entanto, a assessoria não deu detalhes sobre o paciente. Nem se ele está sendo tratado na região.
A reportagem do 018 NEWS tentou contato com a Secretaria Municipal da Saúde de Birigui, para obter mais informações. Mas até a publicação desta reportagem não havia obtido retorno.
Em todo o Estado de São Paulo, 1.298 pessoas já testaram positivo para a doença.
REFERÊNCIA
De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde, o Hospital Estadual “Dr. Osvaldo Brandini” de Mirandópolis é o único da região de Araçatuba que consta no plano de combate a varíola do macaco.
A unidade integra a lista de 93 hospitais estaduais e maternidades, divulgadas em coletiva de imprensa, nesta quinta-feira (04).
Os hospitais e maternidades anunciados serão referência e darão retaguarda para os casos mais graves com necessidade de internação de pacientes e leitos de isolamento ou UTI (Unidades de Terapia Intensiva).
A pasta também apresentou as ações para ampliação do diagnóstico, vigilância e capacitação da rede de saúde pública e privada.
Além do Instituto de Infectologia Emílio Ribas, maior centro de tratamento de doenças infectocontagiosas da América Latina, com unidades na capital paulista e no Guarujá, serão referência os hospitais universitários, como o Hospital das Clínicas da FMUSP e o HC de Ribeirão Preto, e os hospitais gerais próprios do estado.
PROTOCOLO ESPECIAL
Durante a coletiva, também foi apresentado o protocolo especial para as gestantes. A partir do diagnóstico de Monkeypox em uma mulher grávida, ela será acompanhada pelos municípios e indicada para o parto em uma unidade de saúde de alto risco. Todas as maternidades deste tipo no Estado serão referência para casos de varíola símia em gestantes. Nesses casos, a indicação e de acompanhamento pelos municípios em pré-natal de alto risco e a indicação para o parto será de cesárea.
"O objetivo central é somar esforços e integrar as instituições e centros de excelência para promover ações estratégicas de prevenção e cuidado, levando em consideração o aprendizado diante dos últimos enfrentamentos de endemias e pandemias. O Estado de São Paulo está preparado para responder de maneira ágil a esse novo desafio", destacou David Uip, Secretário de Ciência, Pesquisa e Desenvolvimento em Saúde.
CAPACITAÇÃO
A rede também envolverá uma forte vigilância laboratorial e genômica da Monkeypox por laboratórios públicos e privados, sob o comando do CVE (Centro de Vigilância Epidemiológica) e do Instituto Adolfo Lutz, por meio de seu laboratório central na cidade de São Paulo e de suas 13 regionais localizadas no litoral e interior do Estado. O Lutz fará toda a vigilância genômica dos casos no Estado, acompanhando o comportamento da doença com a análise do vírus em circulação em São Paulo.