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VALE ALIMENTAÇÃO BIRIGUI PAGARÁ MAIS DE R$ 3,6 MILHÕES DE BENEFÍCIOS DIRETO EM CONTA

Contrato com o BK Bank foi rescindido; vale-alimentação e assiduidade serão pagos neste sábado (20)

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A Prefeitura de Birigui rescindiu o contrato que mantinha desde 2021 com o BK Bank. Por isso, neste mês de setembro o pagamento dos mais de R$ 3,6 milhões dos benefícios de vale alimentação e prêmio assiduidade dos servidores municipais serão creditados direto nas contas dos trabalhadores.

 

A rescisão do contrato com o BK Bank foi publicada no Diário Oficial Eletrônico do município, de quinta-feira (18/09). A decisão pelo distrato contratual se deu depois que os beneficiários dos ‘cartões benefícios’ passaram a enfrentar dificuldades para efetivar pagamentos em estabelecimentos comerciais conveniados com o BK.

 

A decisão pela rescisão do contrato foi tomada pela Administração Pública após a Prefeitura não obter garantia de continuidade do serviço por parte da instituição financeira junto a rede credenciada.

 

INVESTIGAÇÃO

O BK Bank foi alvo recente de operação da Polícia Federal que investiga a infiltração do PCC no mercado financeiro. De acordo com a investigação, a facção criminosa usava a fintech BK Bank para operar dinheiro ilícito e recorria às chamadas contas bolsões.

 

Nesse tipo de conta, a fintech não precisa informar às autoridades o nome dos clientes e os valores que eles movimentam.

 

Segundo as investigações, de 2019 a 2024, R$ 982 milhões do crime passaram por contas de pessoas físicas e jurídicas no BK Bank que atua como fintech, empresa de tecnologia financeira.
 

A Justiça Federal determinou o bloqueio e o sequestro de valores e bens da instituição. Nos últimos 5 anos o BK Bank participou de licitações públicas para fornecer, além do auxílio alimentação, cartões de benefícios sociais e meios eletrônicos de pagamento, como as maquininhas de cobrança.

 

Atualmente a fintech afirma ter 112 contratos ativos com órgãos públicos. Esses contratos não foram alvos da operação de agosto, que investigou apenas o esquema de lavagem de dinheiro.

Mesmo assim, muitos governos e instituições públicas resolveram rever o negócio. Mato Grosso e Paraná, por exemplo, paralisaram as parcerias com o BK Bank em programas sociais. O mesmo fizeram as prefeituras de Betim, Ribeirão Preto e Birigui.

O BK Bank ainda assinou contratos com os Correios, o Exército, a Câmara dos Deputados e o Senado Federal, nesses casos apenas para o fornecimento de maquininhas de pagamento.

 

O Senado Federal já tornou público que, independentemente da investigação, já tinha iniciado o processo de contratação para substituir o atual contrato, uma vez que os prazos para a prorrogação já se esgotaram.


O Exército abriu um processo para apurar se houve descumprimento do acordo que firmou com o BK Bank. Os Correios informaram que suspenderam o contrato. Já a Câmara dos Deputados disse que abriu procedimento que pode romper com o contrato, porque o BK Bank suspendeu o serviço depois da operação.


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