A Secretaria Municipal de Saúde de Birigui confirmou a primeira morte por dengue de 2022. A vítima foi uma mulher de 79 anos, moradora do bairro Nossa Senhora de Fátima, que faleceu no dia 16 de março e tinha histórico de diabetes, hipertensão e tratamento anterior para leishmaniose.
A paciente apresentou os primeiros sintomas da doença no dia 3 de março e no dia 6 procurou atendimento médico no Pronto Socorro. Ela foi encaminhada para internação na Santa Casa de Birigui, onde dias depois, devido ao agravamento de seu estado de saúde, veio a óbito.
De janeiro até esta terça-feira (05), Birigui registrou 2.200 notificações, sendo 824 casos positivos de dengue, 380 casos negativos e outros 996 casos estão em investigação. Em 2021, o município teve 631 casos de dengue e uma morte provocada pela doença.
“Os números colocam o município em estado de epidemia”, alertou a secretária municipal de Saúde, Cássia Rita Santana Celestino. Ela explicou que a partir de 200 casos positivos a situação já e considerada epidêmica e exige medidas mais efetivas para o combate aos criadouros do mosquito Aedes aegypti.
MUTIRÃO
É o que a secretaria tem realizado desde o dia 7 de março, com o mutirão de controle e combate ao mosquito. Os agentes comunitários de saúde e de combate às endemias estão retirando dos imóveis materiais inservíveis que são potenciais criadouros e orientando os moradores.
Até o dia 2 de abril, o mutirão passou por 41 bairros, onde foram visitados 10.351 imóveis. Desse total, as equipes encontraram larvas do mosquito em 545 deles. Nesse período, a ação já recolheu 37,6 toneladas de materiais inservíveis que poderiam acumular água de imóveis e terrenos baldios.
“Priorizamos as regiões com maior incidência da doença, mas a ideia é trabalhar todas as regiões da cidade. Nas unidades de saúde e Pronto Socorro foi realizado treinamento e unificado o protocolo de atendimento para os pacientes com sintomas da doença”, disse a secretária.
Segundo ela, o objetivo é evitar que os doentes tenham a situação agravada. Cássia ainda adiantou que busca a parceria do setor imobiliário para que as casas que se encontram fechadas e desabitadas também sejam vistoriadas pelas equipes de saúde.
“O poder público está tomando providências, mas que não serão suficientes se não tivermos a colaboração da população. Estamos em guerra contra o mosquito e os moradores devem nos ajudar vistoriando cada cantinho de suas casas eliminando diariamente qualquer tipo de recipiente que possa acumular água parada”, apelou.
ATENDIMENTOS
A secretária de Saúde orienta ainda os moradores a procurarem uma das 11 UBSs (Unidades Básicas de Saúde) após o surgimento de qualquer sintoma leve da doença. Já sintomas graves, como febre alta, vômito e dor abdominal, é necessário procurar imediatamente o Pronto Socorro Municipal.