No dia em que o presidente Jair Bolsonaro ingressou com representação na PGR (Procuradoria Geral da República) pedindo a destituição de Luciano Bivar da presidência nacional do PSL, e que o fundo partidário da sigla seja bloqueado, o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) validou uma nova composição da direção da legenda em Araçatuba.
O PSL de Araçatuba tem, desde esta quarta-feira (30), um novo presidente e ele não é o sindicalista Denilson Pichitelli, que exerce mandato de vereador eleito pela sigla na Câmara local. O novo comandante do Partido Social Liberal no município é o jornalista Iranilson Alves da Silva.
A nova composição da comissão provisória do PSL em Araçatuba, conforme disponibilizado no site do TSE, tem validade até o dia 23 de outubro de 2021. E entre os nomes da cúpula do partido no município há outras “surpresas” além de Iranilson.
O vice-presidente passa a ser o policial militar da reserva Jacques Lima Pétia, que por muito tempo assessorou o ex-vereador Cabo Claudino. Na secretaria-geral, no PSL de Araçatuba terá à frente Renato Freitas Santos Machado.
Joaquim Fernando Ramos foi confirmado como 1º secretário. Já o posto de tesoureiro-geral caberá Juliano Emanoel Espina Targa, que terá o auxílio de Daniel Lameu como primeiro tesoureiro do PSL araçatubense.
Completam a lista, na condição de vogais da legenda, Lucas Fernando Vieira Ramos; Osnei Ferracioli, que é funcionário da Acia (Associação Comercial e Industrial de Araçatuba) e o empresário Valmir Cunha, que já foi assessor do vereador Cido Saraiva (MDB) na Câmara local.
Ao 018 News, Iranilson explicou como chegou ao comando local da legenda. “Há cerca de 3 meses recebi convite direto da parte do Eduardo Bolsonaro (deputado federal por São Paulo e filho do presidente da República) para reestruturar o partido na cidade. Ponderei que não sou político, apenas alguém que acompanha a política. Nunca quis filiar-me a partido político. Mas fui ‘intimado’ a assumir esta tarefa, pois o PSL quer lançar candidatos a prefeito em pelo menos 100 cidades de São Paulo. Devido a esta grave crise que envolve o partido, Eduardo, Major Olímpio (Senador eleito por São Paulo), Joice (Hasselmann, deputada federa), a coisa tomou rumo de um completo descontrole. Há uma guerra entre o presidente e o deputado Bivar pelo controle do partido e do valioso fundo partidário este ano é de R$ 110 milhões. O fundo dessa guerra é isso”, diz Iranilson.
Sobre o futuro da legenda em Araçatuba, ele disse que pretende, por ora, aguardar os rumos que o partido irá tomar na esfera nacional para depois começar a trabalhar para as próximas eleições. “Nesse sentido, por cautela, preferimos aguardar os acontecimentos em Brasília, com reflexos em São Paulo, para ver que rumo tomar. Não vamos planejar nada por enquanto por causa desses problemas. De repente, como já ocorreu aqui, você dorme presidente e acorda na rua. Agora, todo mundo quer se apossar do partido. Vamos aguardar orientação de como as coisas ficarão”, afirma.
PICHITELLI FALA EM RETOMADA
Questionado sobre o fato de não ter sido confirmado no comando do PSL em Araçatuba, o vereador Denilson Pichitelli disse ainda ter esperanças de que as coisas mudem e que o comando da legenda caia em suas mãos ou pelo menos volte para seu grupo político.
Alinhado ao deputado federal Júnior Bozzella, a quem apoiou nas eleições passadas, Pichitelli diz que em questão de dias o parlamentar irá assumir o comando do PSL no Estado de São Paulo e que tem a garantia de que o controle será seu em Araçatuba.
“Temos a informação de que havia cinco grupos diferentes pleiteando o controle do PSL em Araçatuba. Neste momento, a Justiça Eleitoral validou o grupo do Iranilson, pela ligação com o Eduardo Bolsonaro. Mas acreditamos que em poucos dias tudo isso vai mudar novamente, com a ida do Bozzella para o comando estadual”, diz.
VEJA COMO FICOU A NOVA COMPOSIÇÃO DO PSL EM ARAÇATUBA:
