A Câmara de Araçatuba aprovou durante a sessão desta segunda-feira (09), projeto de autoria do Executivo que autoriza a administração municipal a abrir crédito adicional de R$ 1.986.555,83 para que o município possa romper contrato e assumir em definitivo atividades na área de Assistência Social que desde 2018 eram executadas na cidade pelo IVVH (Instituto de Valorização à Vida Humana).
O rompimento do contrato com o IVVH, a pedido da direção da entidade e previsto para valer a partir do início de abril, se dá com 7 meses de atraso, uma vez que o instituto é alvo de investigações da Polícia Federal, na Operação #TUDONOSSO, que levou para a cadeia 15 pessoas.
De acordo com a PF, o IVVH é comandado por pessoas ligadas ao empresário e sindicalista José Avelino Pereira, vulgo Chinelo, que apoiou o atual prefeito de Araçatuba, Dilador Borges (PSDB), nas eleições de 2016.
Além do instituto, a Prefeitura, na atual gestão, manteve contratos com a SEN Prestação de Serviços de Limpeza, que pertence ao filho de Chinelo, Igor Tiago Pereira. Os dois também foram presos em agosto do ano passado, com a deflagração da operação da PF. Todos os detidos na ocasião ficaram presos por poucos dias e hoje são alvos de inquérito policial em liberdade.
A proposta enviada à Câmara, para abertura de crédito adicional, permitirá ao governo municipal criar rubrica no orçamento municipal para poder gastar dinheiro da Prefeitura com os programas sociais tocados pelo IVVH.
Apesar de não ter rompido contrato com o instituto após a deflagração do escândalo com a #TUDONOSSO, a Prefeitura é quem vinha fazendo a gestão dos recursos até então destinados ao IHHV, no custeio das atividades na área social.
Com respaldo da Justiça, desde que o caso #TUDONOSSO veio a público, a Prefeitura é quem assumiu o pagamento de funcionários e fornecedores, sem que dinheiro do município fosse direcionado a contas bancários da direção do IVVH.