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SESSÃO DE MAIS DE 7 HORAS CÂMARA CASSA MANDATO DE MIRÃO, PREFEITO DE MIRANDÓPOLIS

Por 7 votos a 2, os vereadores entenderam que o prefeito cometeu ato de infração político-administrativo frente aos dados inseridos indevidamente no sistema de saúde do CAPS

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A Câmara Municipal de Mirandópolis cassou o mandato do prefeito Ademiro Olegario dos Santos, o Mirão, na noite de ontem (10). Por 7 votos a 2, os vereadores entenderam que o prefeito cometeu ato de infração político-administrativo frente aos dados inseridos indevidamente no sistema de saúde do CAPS. Um desses nomes usados era do vereador Afonso Carlos Zuin, autor da denúncia.

 

De acordo com reportagem do jornalista Eduardo Mustafa, do jornal Agora na Região, votaram pela cassação Roberto Gonçalves, Magali Maziero, José Benedito Brufatto (Chutudo), Mônica Machado, Claudio Morena, Jean Carlos Gonçalves e Wellington Ricardo Serafim (Bakinha). Já Emerson Comandante e Tiago Soares votaram pela absolvição. Jean é suplente do vereador Afonso Carlos Zuin, que fez a denúncia e é impedido de votar. O suplente Wellington Ricardo votou no lugar do presidente da Câmara, Grampola Pantaleão, que se declarou impedido de votar.

A sessão foi marcada por protesto desde o início. De forma pacífica, cerca de 30 manifestantes compareceram no início da sessão com cartazes em favor do prefeito. Grande parte do plenário estava tomada por pré-candidatos do partido político de Mirão, diretores da Prefeitura e apoiadores de Mirão.

 

A defesa do prefeito confirmou que vai entrar com uma ação anulatória na Justiça contra o decreto de cassação, com pedido de liminar.

A DENÚNCIA

A Comissão investigava a denúncia do vereador Afonso Carlos Zuin por possível cometimento de infração político-administrativa do prefeito municipal. O vereador alega que o prefeito se omitiu diante das denúncias de que nomes de servidores foram indevidamente inseridos no sistema do CAPS desde janeiro de 2023 e que ele mentiu nas respostas enviadas à Câmara Municipal no fim do ano passado. Esses atendimentos fantasmas teriam sido pagos com recursos da Prefeitura.

 

Um desses nomes era do próprio Afonso, que trabalhava em uma Unidade Básica de Saúde enquanto era supostamente atendido no CAPS. Ao todo, foram oito atendimentos médicos feitos em nome do vereador. Parte desses atendimentos foram pagos pela Prefeitura, embora nunca tenham sido realizados.


 


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