Ainda sem a Prefeitura de Araçatuba explicar exatamente em qual finalidade o dinheiro será usado, a Câmara vota na próxima terça-feira (29) – data para a qual foi transferida a sessão em virtude do Dia do Servidor Público – projeto de lei de autoria do prefeito Dilador Borges (PSDB) que prevê o repasse de R$ 7,5 milhões dos cofres municipais para a Santa Casa.
O dinheiro, como prevê o projeto, deve ser repassado em 60 parcelas mensais de R$ 125 mil a partir do mês de dezembro. Ocorre que, por falta de explicações convincentes e clareza da administração sobre onde os recursos, que sairão das UBSs (Unidades Básicas de Saúde) do município, serão aplicados pelo hospital, há uma mobilização na Câmara, de vereadores inclusive da base de sustentação do prefeito, para barrar a aprovação da proposta.
Entre os parlamentares contrários ao repasse, o argumento é de que não é obrigação da Prefeitura socorrer financeiramente, e sozinha, a Santa Casa local sendo que se trata de um hospital regional que recebe pacientes de mais de 40 cidades.
Uma outra argumentação entre os vereadores é de que o dinheiro que a Prefeitura pretende liberar pelo hospital seria destinado ao pagamento de uma dívida da Santa Casa com a CPFL Paulista, informação que é negada pela entidade de saúde.
Na Justificativa apresentada à Câmara, o prefeito faz uma relato sobre a quantidade de especialidades médicas oferecidas pela Santa Casa e diz que o hospital está ampliando os serviços prestados à população. Sem revelar como todo o dinheiro será gasto pelo hospital.
