A Justiça de Araçatuba determinou, nesta quinta-feira (16), a soltura dos jovens Israel da Silva Mota, Mateus Luís Barbosa de Sousa e Fernando Gustavo de Jesus, que foram presos na quarta-feira após serem acusados de participação no assassinato e esquartejamento do advogado Ronaldo César Capelari, de 53 anos, que desapareceu de casa às 19h30 de segunda-feira e teve os restos mortais encontrados dentro de sacolas acondicionadas no banheiro de uma casa no bairro Água Branca.
A soltura dos três rapazes se deu após a Polícia Civil prender Jonathan de Andrade Nascimento, de 21 anos, namorado de Laís Lorena Oliveira Crepaldi, 24 anos, responsável por atrair o advogado para a casa onde o crime aconteceu. O casal revelou à polícia que após matar e esquartejar o advogado, jogou as mãos do homem em um rio que passa naquela região.
Com base no confrontamento de informações relatadas pelos apontados como envolvidos no crime, a Polícia Civil prendeu Jonatham, que é morador do bairro Umuarama, no início da noite de quarta-feira. Nesta quinta-feira, o grupo de delegados e investigadores que atuam no caso chegaram à conclusão de que o rapaz e a namorada é quem tramaram e executaram o assassinato macabro do advogado. No então, ainda não dão as apurações concluídas por completo.
De acordo com as apurações da Polícia Civil, Laís Lorena conheceu o advogado há cerca de dois meses e desde então mantinha contatos com o profissional do direito. No dia em que Ronaldo Capelari desapareceu, ele saiu de sua casa no condomínio Delta Park alegando iria para aula de natação em uma academia do bairro Ipanema, o que não aconteceu.
O advogado foi atraído por Laís Lorena ao bairro Água Branca. A suspeita de que a pivô no assassinato o teria chamado para um possível encontro. Ao chegar na residência onde foi morto e esquartejado, Ronaldo acabou sendo surpreendido por Jonathan.
Conforme as informações levantadas pela Polícia Civil, o casal de namorados arquitetou plano com a intenção de roubar o advogado. Surpreendido pelo namorado da “isca” que o levou à cena do crime, Ronaldo Capelari foi golpeado na cabeça tendo os criminosos usado para isso um martelo.
Ele teria perdido os sentidos e caído e, após uma tentativa de recobrar a consciência e até reagir, foi novamente atingido a martelada e, na sequência, assassinado de vez a facadas. Nesta sexta-feira (17), a Polícia Civil deve prestar esclarecimentos à imprensa sobre os desdobramentos que a levaram à conclusão de que os três rapazes que foram presos e soltos um dia depois, teriam sido usados por Laís Lorena, uma vez que seriam conhecidos de bairro da jovem.
A “isca” que chamou Ronaldo Capelari para a morte e o namorado, pelo que declararam à polícia, tinham a intenção de roubar a caminhonete da vítima, uma S-10 de cor branca, que foi encontrada em uma estrada de terra, já na zona rural de Birigui, a cerca de dois quilômetros do abatedouro macabro.
O namorado de Laís Lorena teria sido o responsável pelo esquartejamento do advogado. No banheiro da casa, a Polícia Militar, que localizou o cadáver após receber uma denúncia anônima, encontrou facas de diversos tamanhos e uma serra. Equipamentos usados para cortar o corpo de Ronaldo Capelari. Uma mangueira, ligada à pia da cozinha, foi usada para lavar o cadáver e facilitar o escoamento do sangue.
Com as definições do caso até o momento, Laís Lorena, como pivô do assassinato, será encaminhada para um presídio na cidade de Dracena. Já o namorado dela, Jonathan de Andrade Nascimento, será levado para Pereira Barreto. Os dois estão com prisões temporárias decretadas pelo período de 30 dias. No entanto, as reclusões devem ser convertidas em caráter preventivo, o que os deixariam encarcerados por tempo indeterminado.
Imagens da TV TEM/G1 e Regional Press.