O Cremesp (Conselho Regional de Medicina de São Paulo) vai abrir sindicância para apurar as responsabilidades pela lesão sofrida na cabeça por uma recém-nascida, na Santa Casa de Araçatuba, no dia 27 de agosto. O ferimento fez com que a menina fosse submetida a 25 pontos para fechar o ferimento.
De acordo com reportagem publicada pelo jornal Extra, do Rio de Janeiro, sobre o caso ocorrido em Araçatuba, o Cremesp informou à repórter Célia Costa que a sindicância é uma etapa preliminar para averiguação dos fatos denunciados, coleta de provas, manifestação escrita e, sempre que necessário, audiência com os envolvidos.
Se durante a fase de sindicância forem constatados indícios de infração ética, que consiste no descumprimento de algum artigo do Código de Ética Médica, passa-se à segunda fase: a instauração do processo ético-profissional. Sem indícios, a denúncia é arquivada e, neste caso, a parte interessada poderá fazer recurso junto ao Conselho Federal de Medicina.
PARTO A FÓRCEPS
A Santa Casa de Araçatuba se manifestou, por meio de nota distribuída à imprensa nesta segunda-feira (22), informando que foi um parto cesáreo em que a bebê estava em posição que impediu a retirada por procedimento manual, sendo necessário o auxílio de um fórceps, equipamento utilizado em circunstâncias que representem risco à vida da gestante e ao bebê.
Ainda de acordo com o comunicado, durante o procedimento ocorreu corte acidental no couro cabeludo da bebê. De imediato a criança passou por exame de tomografia computadorizada que constatou tratar-se de lesão superficial sem trauma e comprometimento do cérebro. Após ter a área atingida suturada, a bebê permaneceu alguns dias internada em observação e para receber medicações para prevenir uma infecção.
Na delegacia, conforme a reportagem do Extra, a mãe da criança declarou que estava com 38 semanas e cinco dias de gestação quando perdeu o tampão mucoso e o líquido amniótico começou a sair. Quando chegou ao hospital, o médico decidiu por uma cesariana. Que terminou com o incidente envolvendo a recém-nascida.
Com reproduções da reportagem de Célia Costa, do Jornal Extra.