O corpo de um homem de 47 anos, encontrado na madrugada desta quarta-feira (01), na cidade de Sumaré, pode ser de um dos bandidos da quadrilha que assaltou as agências da Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil, no início da semana, em Araçatuba.
Segundo a Polícia Civil de Sumaré, o homem que trajava jaqueta de couro preta, colete a prova de balas, calça jeans escura, coturno marrom, luvas pretas e tinha marcas de sangue é Anderson Luís de Oliveira. Próximo da cabeça dele havia um bilhete com um número de telefone e escrito “irmã”.
Feito o contato no telefone indicado, uma mulher cujo nome foi preservado, atendeu. Ao ser informada do ocorrido, ela foi ao local, no bairro Bordon 2, e reconheceu o cadáver como sendo realmente de seu irmão.
A polícia foi avisada pelo telefone 190 que uma caminhonete teria deixado o corpo naquele local. Após o reconhecimento, o local passou por perícia técnica e o corpo removido pelo IML (Instituto Médico Legal) de Sumaré, onde também irá passar por exames.
Após a identificação, a polícia informou que o suspeito possui ficha incluindo crimes como furto e roubo. Diante das evidências, está sendo investigada possível participação dele no crime de Araçatuba.
EM ARAÇATUBA
Logo após o ‘mega-assalto’, Jorge Carlos de Mello, de 39 anos, já havia sido encontrado morto em Araçatuba. Ele foi vítima durante troca de tiros com a polícia.
Ele foi apontado como sendo membro do PCC (Primeiro Comando da Capital) por autoridades em segurança pública. Conforme as mesmas autoridades que o reconheceram, Mello teria função de ‘raio-X’ dentro da facção criminosa. Ou seja, responsável por fiscalizar as ações do tráfico para depois repassar as informações à cúpula.
Com várias passagens pela polícia e condenações, Mello estava foragido desde 2017, quando fugiu da Penitenciária de Mirandópolis.
PRESOS
Até o momento seis pessoas já foram identificadas como suspeitas de terem participado do ‘mega-assalto’ em Araçatuba. Um casal foi preso logo após o crime que aterrorizou a cidade. Segundo a PF, em depoimento eles acabaram confessando que faziam a função de ‘olheiros’ para os criminosos.
Na noite de segunda-feira (30), um homem de 27 anos foi detido na região de Campinas. Ele foi preso por policiais da Deic (Divisão Especializada de Investigações Criminais) e encaminhado para a sede da PF em Araçatuba.
Na terça-feira (31), outros dois suspeitos foram presos em Piracicaba. Ambos estão baleados, sendo que um deles está em estado gravíssimo. Eles estão internados na Santa Casa da cidade sob escolta policial.
Ainda na terça-feira (31) um suspeito de planejar o ataque em Araçatuba já havia sido preso em São Paulo. O homem, cuja identidade não foi divulgada, seria integrante do setor de “inteligência” da quadrilha e não teria ido a campo participar do assalto em Araçatuba.
