Polícia
JUSTIÇA CORTADOR DE CANA QUE MATOU COLEGA É CONDENADO A 16 ANOS DE PRISÃO

Denúncia do MP foi acatada na íntegra pelos jurados, mas órgão pretende recorrer e pedir aumento da pena

O trabalhador rural Adelmo Silva Santos, de 46 anos, foi condenado a 16 anos, por ter assassinado a golpes de facão o também trabalhador rural Maurício Severino da Silva, que na época do crime tinha 42 anos, e tentar matar um outro colega de trabalho. O julgamento ocorreu nesta quarta-feira (16), no Tribunal do Júri do Fórum Estadual, em Araçatuba (SP).

 

Os crimes ocorreram em 21 de agosto de 2018, na fazenda Ipê, em Santo Antônio do Aracanguá (SP). As vítimas e o acusado moravam em Araçatuba. Eles haviam trabalhado no corte da cana-de-açúcar e aguardavam ônibus que os levariam para casa.

 

Consta nos autos, que Santos estava sentado atrás das duas vítimas e que, num dado momento, ele teria golpeado Silva na nuca. Na sequência, ele partiu para cima do outro trabalhador que na época tinha 32 anos. Ferido, ele conseguiu fugir, correndo em direção a um canavial.

 

Santos ainda tentou prossegui-lo, mas como não conseguiu alcança-lo, voltou até Silva, que estava caído, e desferiu mais alguns golpes de facão contra ele. O crime teria sido motivado por comentários que estavam ocorrendo envolvendo o acusado.

 

Santos foi preso no dia seguinte e confessou o crime.

 

DENÚNCIA FOI ACATADA

Os jurados acataram na íntegra a denúncia do Ministério Público, representado em plenário pelo promotor de Justiça Adelmo Pinho.

 

A defesa de Santos chegou a pedir a absolvição dele, tentando a desclassificação do crime usando a tese de legítima defesa. Foi pedido também o afastamento da qualificadora do recurso que dificultou a defesa das vítimas.

 

No entanto, no entendimento do MP, o crime foi cometido com emprego de meio cruel e a outra vítima não morreu porque conseguiu fugir mesmo ferido.

 

A sentença foi proferida pelo juiz Danilo Brait, que determinou o regime fechado para o início do cumprimento da pena e não concedeu ao réu o direito de recorrer em liberdade. O Ministério Público já informou que pretende recorrer da decisão.


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