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FICA COMO ESTÁ Corte de vereadores é arquivado em meio à troca de farpas por salários

Propostas com viés demagógico geraram debate acalorado em plenário com acusações entre parlamentares

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Nem 12, muito menos 11 ou 19. A proposta que poderia reduzir o número de vereadores na Câmara de Araçatuba e até mesmo aumentar, coso tivessem sido apresentadas emendas ao projeto original, foi arquivada em votação na noite desta segunda-feira (17).

Para qualquer alteração no número de assentos parlamentares no Legislativo, a partir das próximas eleições, eram necessários pelo menos dez votos favoráveis. No entanto, o projeto recebeu apenas cinco. Entre eles, o do próprio autor, Cláudio Henrique da Silva (PMN) e dos colegas Beatriz Nogueira (Rede); Alindo Araújo (Cidadania); Almir Fernandes Lima (PSDB) e Lucas Zanatta (PV).

O que se viu, no decorrer das discussões, foi um embate demagógico sobre redução de despesas no Legislativo. De um lado, Cláudio Henrique afirmando que sua proposta de corte de cadeiras diminuiria os gastos da Casa. Do outro, o vereador Lucas Zanatta, que vem, já de alguns meses, ocupando espaços em redes sociais e veículos de informação para defender uma proposta da qual ele fez uso por mais de um ano e meio de seu primeiro mandato como vereador.

Zanatta insiste em fazer com que a Câmara de Araçatuba reduza salários de assessores e chefes de gabinetes. Medida que contraria a maioria dos atuais parlamentares. Porém, o vereador verde não explica de forma clara, em seus ataques contra os gastos do Legislativo, por quais motivos pediu, com apenas quatro dias de mandato, a concessão de 39% e 40% de acréscimos nos salários de seus funcionários na Câmara, assim como o acréscimo de um terço para cada um.

Durante as discussões, Cláudio admitiu que apresentou a proposta de redução de cadeiras para confrontar a atuação de Zanatta em reduzir salários, questão classificada como “campanha pré-eleitoral” pelo parlamentar do PV.

Diante das farpas trocadas por Cláudio e Zanatta, quem deu o tom mais sensato sobre o que o representante do PV tanto quer fazer valer no Legislativo, foi o vereador Jaime José da Silva (PTB), que disparou: “Essa questão de assessoria é problema de cada vereador dentro do seu gabinete. Precisamos parar com essa demagogia barata. O senhor não tem que interferir no salário dos assessores dos outros vereadores porque não é da sua conta”, disse. “Esse negócio de salário de assessor é bom que as pessoas saibam que é uma conversa fiada do Lucas. Ele sabe muito bem que se ele quiser ele coloca lá R$ 1.500,00. Se ele pôs o que ele pôs é problema dele. Agora chega perto das eleições vem com essas conversas aqui. Vamos parar com isso aí que já deu o que tinha que dar”.


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