O incêndio que destruiu o prédio da Acrepom (Associação dos Catadores de Papel, Papelão e Materiais Recicláveis de Araçatuba) na manhã do dia 21 de junho teve autoria criminosa. É o que aponta laudo do Núcleo de Perícias Criminalísticas da Polícia Civil. O dano causou prejuízo da ordem de R$ 250 mil.
A existência de três focos de incêndio, dois deles no interior do prédio e um terceiro em uma parede externa da cozinha levaram os peritos da Polícia Civil a concluírem, por indução, que alguém ateou fogo no prédio de Acrepom, que desenvolve há décadas trabalho social com catadores de materiais recicláveis em condições de vulnerabilidade.
O fogo, conforme aponta a apuração da Polícia Civil, atingiu em maior proporção o refeitório da associação, assim como a repartição onde ficavam máquinas de prensagem e fragmentação dos materiais coletados pelos colaboradores da Acrepom.
Por ser um imóvel antigo, o fogo, na parte mais afetada, se alastrou pelo foto de madeira e telhado, atingindo também a recepção, os vestiários e até a biblioteca, um setor especial de aprendizagem dos coletores, que tinham acesso a livros e materiais educativos encontrados em descartes feitos pela população.
A existência de focos de incêndio na cozinha e numa parede externa do cômodo, próximo a um depósito de gás, foram preponderantes para que os peritos da Polícia Civil concluíssem pela ação criminosa no prédio da associação, que tem 25 colaboradores e acaba gerando renda a cerca de 100 pessoas.
No dia do incêndio, um domingo, as chamas no imóvel, que pertence à Prefeitura e está em uma área na região central da cidade, chamou atenção da população pela movimentação de homens do Corpo de Bombeiros no local e pela fumaça que se espalhou.
O dano criminoso, no entendimento da Polícia Civil, destruiu uma picape usada para buscar produtos recicláveis em estabelecimentos comerciais e industriais da cidade; um utilitário elétrico também usado na mesma finalidade; eletrodomésticos e até cestas básicas.