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ELEIÇÕES 2012 DESISTÊNCIA E JUSTIÇA MINGUAM CANDIDATURAS E DEVEM POLARIZAR PLEITO

De oito possíveis candidatos, três já estão praticamente fora da disputa para Prefeitura este ano

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Após ter uma lista de 8 pré-candidatos a prefeito nas eleições deste ano, os eleitores de Araçatuba começam a ver opções de voto escorrerem pelo ralo devido à desistência ou problemas perante a Justiça Eleitoral que devem tirar da disputa nas urnas políticos que já gritavam em alto e bom som pelos quatro cantos da cidade que concorreriam ao Executivo no pleito de outubro deste ano.

De forma repentina, a quantidade de postulantes caiu para 5 nomes e a tendência é que diminua ainda mais à medida que for se aproximando as datas, previstas no calendário eleitoral deste ano, para filiações partidárias em definitivo, realização de convenções, escolhas de postulantes aos cargos de prefeito, vice e vereadores, assim como o prazo para registro de candidaturas, procedimento que indicará de verdade de um determinado político poderá ou não concorrer no pleito de outubro.

Nos últimos dias, entre os pretensos candidatos a prefeito em Araçatuba, o que se viu foi o empresário Rodrigo Andolfato (sem partido) anunciar sua desistência do pleito por problemas profissionais. Cido Sério (PRB), até o momento, está sem título eleitoral por problemas com a Justiça, o que barra suas pretensões de concorrer novamente ao Executivo. E Domingos Andorfato (PTB), com falência de empresas ainda pesando sobre suas costas, também fica de fora por conta dos critérios impostos pela Lei Complementar 64, de maio de 1990.

A legislação em questão define uma série de critérios para políticos impedidos de lançar-se às urnas por problemas judiciais. No caso de Andorfato, ele se enquadra em trecho que torna inelegível pessoas que tiveram problemas com falências de empresas.

MAIS BAIXAS

Com o indicativo de três nomes com praticamente os dois pés fora da disputa eleitoral, a tendência é de que o acirramento pode forçar outras desistências. Há, no meio político, quem afirma já ter ouvido da boca de Teucle Manarelli (PRTB), que ele não levará a fundo sua intenção de concorrer como cabeça de chapa. Existe a possibilidade de ele colocar-se como uma opção de vice para quem tiver interesse em sua figura política.

O médico Filipe Fornari (Podemos) é outro que até o momento só disse que é pré-candidato, mas não tem demostrado no meio articulação com a classe política, na tentativa de angariar apoios à sua ainda muito incerta candidatura ao Executivo. Não será nenhuma surpresa se, daqui a poucas semanas, ele surgir como concorrente a uma cadeira na Câmara de Araçatuba.

Outro que bate o pé afirmando ser candidato a Prefeito é o construtor Luizão do Pinheiros (PMN). O problema, no seu caso, é o fato de ele poder ficar sem partido na hora das definições de candidaturas. A legenda que presidente em Araçatuba sempre foi alinhada ao PSDB, do atual prefeito Dilador Borges, que concorrerá à reeleição.

Neste caso, se o PSDB se movimentar, pode tirar o partido das mãos de Luizão e barrar sua candidatura em Araçatuba. Principalmente, porque na atualidade o construtor tem feito, mesmo que discretamente, oposição ao atual governo municipal.

POLARIZAÇÃO

Levando em consideração o fato de que em política tudo pode acontecer da noite para o dia, não será nada estranho se a disputa eleitoral em Araçatuba se polarizar entre um nome ou outro. Precisamente, entre Dilalador Borges e Cido Saraiva (MDB). O vereador, mais votado nas eleições para a Câmara em 2016, tem trabalhado nos bastidores e afirmado que concorrerá ao Executivo na disputa deste ano. No entanto, ele ainda não deixou explícito e cravado com todas as letras que concorrerá a prefeito, buscando manter-se numa posição de mistério.

Para fazer frente ao que tende a ser uma disputa polarizada, o PT, apesar de todas as suas crises internas, deverá se arriscar nas urnas. Pelo menos para marcar seu espaço e fazer frente aos principais nomes como oposição. Para isso, especula-se nos bastidores da legenda que Fernando Zar e Sebastião Júnior poderiam abraçar a bandeira de candidato a prefeito, mesmo sabendo das mínimas chances de eleição que teriam.

NA ESPREITA DA JUSTIÇA

Ainda falando em polarização, os dos principais nomes na disputa à Prefeitura, Dilador Borges e Cido Saraiva, terão de conviver pelos próximos meses com a possibilidade de decisões judiciais mudarem os rumos de suas pretensões.

Dilador vive a expectativa do que concluirá em inquérito a Polícia Federal, que ainda mantém em andamento inquérito no qual são investigados eventuais desvios de dinheiro público, por meio de contratos firmados pela Prefeitura com empresa e instituto comandados pelo empresário e sindicalista José Avelino Pereira, vulgo Chinelo.

Em 13 de agosto de 2019, a PF deflagrou na cidade a Operação #TUDONOSSO, que levou para a cadeia 15 pessoas, entre elas ocupantes de cargos de confiança na Prefeitura, sob acusação de integrarem organização criminosa que teria desviado dinheiro do município destinado ao custeio de serviços terceirizados pela Prefeitura.

No caso de Cido Saraiva, o que pesa contra ele é um processo decorrente da compra de armários para a Câmara, no período em que foi presidente da Casa. Ele é acusado de ter facilitado o pagamento de propina para a compra dos equipamentos, por meio de empresa ligada a um vereador de Catanduva, que teria praticado esquema do tipo em várias cidades do Estado.

Este caso ainda depende de definição da Justiça, o que também pode mudar as pretensões do atual candidato se vir a público uma decisão que seja desfavorável à sua pessoa e, em especial, sua figura política.


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