Faltando poucos dias para as eleições municipais, a hora é de o eleitorado começar a refletir sobre a importância do voto útil como ferramenta para se evitar que candidatos indesejados tenham a chance de alcançar o Poder que não merecem ter em mãos. Ou, simplesmente, tirar da jogada concorrentes que não conseguiram até aqui encorpar suas candidaturas, seja por falta de propostas convincentes à população ou, simplesmente, por causa da habilidade política que demonstraram não possuir nesse período de campanha.
O voto útil se faz necessário em localidades onde o número de candidatos a governar uma cidade é desproporcional à quantidade de eleitores. E, principalmente, onde se consolidam as chamadas polarizações entre concorrentes que se sobressaem quanto aos demais postulantes ao cargo eletivo majoritário de um município.
Como acontece em Araçatuba, onde oito candidatos se lançaram à disputa mas apenas dois nomes têm dominado o cenário pré-eleição desde que as campanhas foram liberadas pela Justiça Eleitoral: Dilador Borges (PSDB), atual prefeito que tenta a reeleição, e Cido Saraiva (MDB), vereador que concorre pela primeira vez ao Executivo.
É sobre esses dois nomes que os eleitores municipais precisam pensar, uma vez que Filipe Fornari (Podemos), Flávio Salatino (PV), Domingos Andorfato (PTB), Sebastião Júnior (PT), Laine Martins (PTC) e Reverendo Paulo Sanda (Psol) não conseguiram mostrar até o momento força política e poder de convencimento do eleitorado, faltando pouco para a escolha do próximo prefeito da cidade, no dia 15 de outubro.
E falando em Dilador Borges e Cido Saraiva, a prática do voto útil apresenta dois cenários: um de quem quer continuar a governar a cidade com uma equipe que, mesmo que precise de ajustes, tem os problemas da população em mãos e está buscando os caminhos para que sejam solucionados. O outro, por mais que tenha a experiência da vereança, não sabe o que administrar uma cidade e, para isso, pode levar consigo para a Prefeitura uma equipe formada por pessoas que já estiveram lá e mostraram, em outras gestões, não atender aos anseios dos araçatubenses.
O site 018 News, no exercício da sua liberdade, entende que, na atual conjuntura, por pior que seja para alguns, a manutenção do atual governo pode ser menos traumática à população que o resgate de “assombrações” que já tiveram a oportunidade de mostrar serviço político-administrativo e não o fizeram.
Nessa linha, não podemos confundir benevolências “filantrópicas” com administração pública. Não podemos nos deixar enganar com ações travestidas de caridade em detrimento de depositarmos nas urnas, daqui a dois domingos, votos que sejam ao menos mais certeiros. Mesmo que isso não venha a agradar a todos os eleitores.
Pensar de forma lógica e sem paixões se faz necessário. Principalmente, quando vemos em cena discursos vazios e uma gigantesca falta de comprometimento com determinadas promessas que têm sido feitas à população. Se é que assim podem ser chamadas, uma vez que, pelo que temos a chance de constatar em determinados programas de televisão, falta fundamento, detalhamento e até mesmo coerência no que é balbuciado ao eleitorado araçatubense.
O voto útil em Araçatuba, no pleito do próximo dia 15, nitidamente, deverá ser pautado pela escolha da continuidade frente a um muito provável entulhamento dos quadros municipais com gente que não merece mais voltar a uma gestão pública. Por isso, analisando a “ficha corrida” dos dois principais nomes em disputa, é importante que seja colocado na balança o que cada um carrega sobre seus ombros.
Levando sempre em consideração que suposição nunca é uma certeza; que acusação nunca é afirmação e que denúncia nunca será sentença. Assim como joio e trigo não são a mesma coisa, por mais que alguns até tentem misturá-los como forma de ludibriar quem está em processo de escolha.