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POLÍTICA E ADMINISTRAÇÃO Empresário depõe à polícia e afirma que Cido Sério não pediu propina por obra
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O empresário Nilton Marto Vieira da Cruz, dono da empresa que reformou a praça Rui Barbosa, nos anos de 2013 e 2014, reafirmou à Polícia Civil de Catanduva, cidade onde mora, no último dia 4, que o ex-prefeito de Araçatuba, Cido Sério (PRB) não lhe pediu propina para que o contrato firmado entre a Prefeitura e a Ambiente Engenharia, Paisagismo e Gestão Pública, para reforma da praça Rui Barbosa, fosse aditado.

A acusação contra o ex-prefeito partiu de ofício encaminhado ao Ministério Público local pelo atual chefe de gabinete e secretário de Comunicação da Prefeitura, Deocleciano Borella Júnior. No documento, o representante da administração municipal levanta suspeita de prática criminosa por parte de Cido Sério com base em resposta enviada pelo empresário catanduvense a um pedido de reparo na referida praça.

O ofício enviado por Borella ao MP foi encaminhado à Delegacia Seccional de Araçatuba, com pedido de instauração de inquérito, e acabou resultando em reportagem publicada pelo jornal Folha da Região no dia 24 de março, na qual Cido Sério é textualmente acusado de ter pedido propina ao empresário dono da Ambiente Engenharia, que foi contratada em 2013, ao custo de R$ 1,35 milhão, para reformar a Rui Barbosa, serviço que foi entregue em 2014.

Em 28 de março, Nilton Marto Vieira da Cruz já havia afirmado, em e-mail enviado ao Política e Mais, que Cido Sério n]ão havia lhe pedido propina por conta dos serviços realizados em Araçatuba. O empresário explicou em ofício enviado à Prefeitura que não teria condições de efetuar os reparos solicitados porque sua empresa não se encontra mais em atividade.

No documento, enviado à Prefeitura em 1º de março deste ano, Cruz explica que o encerramento das atividades da empresa se deu após "um duro golpe por parte de um prefeito 'desonesto' que exigiu dinheiro em relação a uma obra de grande porte" para a qual a empresa fora contratada em devido processo licitatório. Em nenhum trecho do documento enviado à administração municipal, o arquiteto diz que o referido golpe teria sido dado por Cido Sério, muito menos que o antigo gestor lhe tenha pedido vantagens para que o valor dos serviços na Rui Barbosa fosse aumentado, o que também não ocorreu.

ONDE ENTRA BORELLA

Ocorre que, em 16 de março, o chefe de gabinete Deocleciano Borella Júnior encaminhou à Promotoria de Justiça de Araçatuba ofício no qual pede apuração para o que chama de "acusação criminosa" feita pelo dono da empresa que reformou a Rui Barbosa, contra o ex-prefeito.

No documento, Borella escreve: "Comunico a Vossa Excelência que o setor de Engenharia desta Prefeitura notificou a Empresa Ambiente Engenharia, Paisagismo e Gestão Pública Ltda., responsável pela reforma da Praça Rui Barbosa, nesta cidade, para alguns reparos necessários e, para nossa surpresa, o senhor Nilton Marto Vieira da Cruz, responsável pela citada empresa, enviou resposta contendo acusação de prática criminosa por parte do então prefeito municipal responsável pela assinatura do contrato SMA/DPAAC nº 063/2013, Aparecido Sério da Silva".

O chefe de gabinete segue seu ofício dizendo que, diante do fato constatado pela atual administração, determinou uma análise preliminar do citado processo, sendo verificada a falta do termo definitivo de entrega da obra. Por conta disso, Borella diz ter sido incumbido pelo prefeito Dilador Borges a enviar à Promotoria cópia de todo o processo licitatório.

Ao ser ouvido pela Polícia Civil de Catanduva, no último dia 4, conforme solicitação feita pelo delegado Marcelo Curi, que conduz o inquérito em Araçatuba, Nilton Marto Vieira da Cruz reafirmou que, em sua mensagem à Prefeitura local, sobre o golpe que teria sofrido, levando à inatividade de sua empresa, não se referia a Cido Sério. Nas declarações à Polícia, ele não cita nome, porém afirma ter se tratado de um prefeito de Catanduva e que a obra em questão tinha valor de R$ 3,2 milhões.

FIQUE DOENTE, DIZ CIDO SÉRIO

Com base nas declarações do dono da Ambiente Engenharia, feitas formalmente à Polícia Civil de Catanduva, o ex-prefeito Cido Sério disse, ao Política e Mais, que fica aliviado com o depoimento e que espera que Justiça seja feita contra pessoas e veículo que de certa forma lhe acusaram indevidamente de um crime que afirma não ter cometido.

"Eu fiquei doente e indignado. Isso não é fazer política. É mau caratismo e desonestidade. Acho que quem fez isso, de divulgar as informações como foram divulgadas, vai ter que dizer na Justiça de onde tirou isso", disse Cido Sério.


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