O empresário Antônio Berti Júnior, acusado de matar a tiros Alessandro de Oliveira Aoki, na época do crime com 34 anos, em um posto de combustíveis de Araçatuba, foi condenado a 14 anos de prisão em regime fechado. A sentença foi proferida depois de 10 horas de julgamento.
O réu foi ouvido por meio de videochamada da penitenciária de Andradina, onde segue preso preventivamente. A medida foi tomada por conta da pandemia de Covid-19.
O crime ocorreu na madrugada do dia 18 de abril de 2019 e foi registrado por uma câmera de segurança do estabelecimento, em Araçatuba.
O empresário foi denunciado pelo Ministério Público por homicídio duplamente qualificado por motivo fútil e recurso que dificultou a defesa da vítima. Porém, os jurados desqualificaram o motivo fútil.
De acordo com o Ministério Público, o réu não terá o direito de apelar em liberdade. Os advogados de defesa do empresário informaram que vão recorrer da sentença.
O CRIME
No dia em que o homicídio foi registrado, Aoki consumia bebidas alcoólicas, acompanhado de três mulheres e de um homem, quando o acusado chegou.
Conforme apurado durante a fase do inquérito policial, mesmo sem vínculo de amizade com o grupo, o empresário teria cumprimentado aquelas pessoas, sentando-se com elas.
O crime teria sido motivado pelo pedido da vítima para que o empresário deixasse o local depois de ele ter começado a importunar e agir de forma grosseira com as mulheres do grupo.
Júnior Berti então saiu do posto de combustíveis, mas retornou portando uma pistola calibre 380 e atirou várias vezes, inclusive com a vítima já caída no chão.
Após o crime, o empresário fugiu em uma caminhonete. Mas, foi abordado e preso em flagrante a poucos quarteirões de distância do posto. Com ele a polícia apreendeu uma pistola calibre 380, usada para efetuar os disparos no posto de combustíveis.