A Justiça de Araçatuba determinou que o empresário Antônio Berti Júnior, de 41 anos, seja levado a júri popular. Ele está preso pelo assassinato na madrugada do dia 18 de abril do ano passado, em um posto de combustíveis na avenida Joaqui Pompeu de Toleto com a rotatória da rua Baguaçu, Alessandro de Oliveira Aoki, de 34 anos.
A decisão para que o caso seja levado a júri popular se dá quatro meses após a divulgação do resultado de um exame de sanidade mental, ao qual Berti Júnior fora submetido no ano passado, que indica que ele estava com “plena consciência dos atos” quando disparou uma série de tiros contra Aoki.
O exame no empresário foi autorizado pela Justiça de Araçatuba. Imagens do sistema de segurança do posto de combustíveis onde o crime aconteceu mostram o empresário efetuando os tiros contra a vítima.
O juiz que atua no caso acatou a tese do Ministério Público, de prática de homicídio qualificado, e decidiu que o empresário ficará preso preventivamente até a realização do júri popular, que ainda não tem uma data definida para ocorrer.
A defesa do acusado irá recorrer da decisão sobre como Berti Júnior será julgado, por acreditar que no decorrer da instrução da ação penal ficou comprovado que os fatos não ocorreram como apresentados na acusação do MP.
O advogado do empresário diz que tem convicção de que o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) irá reformar a sentença da primeira instância para que o réu seja julgado no plenário do júri pela prática de homicídio simples.
O empresário foi preso em flagrante no mesmo dia em que matou Aoki e atualmente está em uma penitenciária de Andradina. De acordo com o processo, o assassinato foi cometido depois da vítima se desentender com o empresário. Testemunhas disseram à polícia que Berti Júnior estaria incomodando algumas mulheres e o rapaz assassinado foi tirar satisfação.
Depois de os dois discutirem, o empresário saiu do posto de combustíveis, mas retornou armado e atirou diversas vezes contra Aoki, que foi atingido por oito tiros e morreu no local do assassinato. O empresário tentou fugir, mas foi preso a um quarteirão do posto de combustíveis onde tudo aconteceu.
