Foi sepultado no final da tarde deste domingo (16), no cemitério da Saudade, em Araçatuba, o boiadeiro, como gostava de ser chamado, Braulino BasÍlio Maia Filho, mais conhecido como Garon Maia, de 93 anos. Ele era irmão caçula de Tião Maia, uma lenda da pecuária nacional, que faleceu em 2005.
A família confirmou a morte do criador de mais de 40 mil cabeças de gado e dono de fazendas pelo país por volta das 11h. Ele estava em seu apartamento, em Araçatuba, onde os Maia mantém base residencial, apesar de manterem propriedades em outros estados.
Garon Maia já foi apontado como um dos maiores criadores de gado do mundo. Era uma pessoa de hábitos simples e também tinha residência na região do interior do Cone Sul, em Rondônia. Os olhos criteriosos do pecuarista nascido em Passos (MG) acompanharam a evolução da atividade ao longo das últimas cinco décadas. Ele é considerado uma lenda entre os criadores de gado, sendo fundador de mais de 50 fazendas.
“Meu pai não tinha uma fazenda, trabalhava com arrendamento. Arrendava fazendas sadias onde o bezerro pudesse se desenvolver. Ele recriava três mil bezerros. Conforme crescia, selecionávamos um lote igualado e soltávamos na estrada para Araçatuba (SP), onde íamos vender”, relembrou Maia, em entrevista ao site Giro do Boi, em 2016.
Garon era meio que o avesso do irmão mais famoso, Tião Maia, que adorava festas e a vida social. Ele preferia a simplicidade e há 30 anos escolheu Rondônia para viver. Ele foi casado com, de quem já era viúvo e conviveu por mais de 60 anos.
Era um criador de bois mas que também gostava de aviação, sendo piloto por interferência do pai, Braulino. Ele chegou a ter empresa de táxi aéreo no norte do país. O boiadeiro deixa os filhos Garonzinho Maia, Porthos e Dartagnan, noras, netos e bisnetos. Ele teve uma filha, chamada Carmem, já falecida.
