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DESPEDIDA Enterro de Asa Branca tem toque de berrante, cavalgada e carro de som

Ícone dos rodeios foi sepultado na tarde desta quinta-feira, em Turiúba, após luta contra o câncer

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O corpo do locutor de rodeios Waldemar Ruy dos Santos, o Asa Branca, foi enterrado no início da tarde desta quinta-feira (06), no Cemitério de Turiúba, no interior de São Paulo. O município é terra natal do mito das arenas, que morreu na terça-feira, aos 57 anos, no Instituto do Câncer, em São Paulo. Ele lutava contra a doença e também era portador do vírus HIV.

Asa Branca foi velado na manhã de quarta-feira na Assembleia Legislativa de São Paulo e em seguida seu corpo foi transportado até Turiúba, onde chegou já durante a noite. O velório aconteceu Câmara da cidade.

Familiares, amigos e moradores carregaram o caixão do locutor da Câmara até o cemitério em meio a uma série de homenagens. A despedida do emblemático locutor de rodeios se deu em meio a cavalgada organizada por amigos; carro de som com suas locuções e até toques de berrante.

Asa Branca foi um ícone no mundo dos rodeios por criar um estilo próprio de narração. Ele revolucionou as apresentações no final dos anos 1980 ao incrementar a locução a partir de um microfone sem fio, algo inédito para época.

O locutor aproveitou a evolução tecnológica para dar ainda mais ênfase ao famoso “segura, peão”, criado por José Antônio de Souza, o Zé do Prato, outro grande nome da locução de rodeios e que morreu em 1992.

A partir disso, o rei de versos e jargões e da potente voz inconfundível começou a fazer história nos rodeios Brasil afora. “O Brasil tem ótimos locutores e me sinto orgulhoso quando me dizem que fiz escola. Me falam, ‘olha lá, Asa, está te imitando’. Eu respondo que isso é ótimo, é sinal que sou uma referência”, afirmou ele em entrevista ao G1 pouto anos antes de morrer.

Sucesso, excessos e fé transformaram Asa Branca em um mito. No documentário “A Última Lenda dos Rodeios”, lançado esse ano durante a Festa do Peão de Barretos, o locutor conta detalhes sobre a vida atribulada, a luta contra drogas, as relações amorosas e a batalha enfrentada para encarar de frente doenças como a Aids e um câncer de boca que acabou tirando sua vida.

Em maio de 2018, ele fez um rodeio em Fernandópolis e, mesmo recém-aposentado das arenas, se mostrou feliz em ver se aproximar o início das filmagens do longa-metragem “Asa Branca – A Voz da Arena”.

Informações do G1.


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