O ex-vereador e pré-candidato a cadeira na Câmara de Araçatuba nas eleições deste ano, Olair Bosco, foi demitido do cargo de diretor de departamento na Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade de Araçatuba -- onde recebia salários brutos de R$ 9.170,12 – após ser alvo de denúncia de assédio sexual formalizada por uma funcionária concursada da Prefeitura.
Olair Bosco era contratado da Prefeitura desde junho de 2017 e foi exonerado na última quinta-feira (27). A administração municipal teve conhecimento da acusação de assédio sexual por parte do diretor comissionado em dezembro do ano passado.
No dia 21 daquele mês, a servidora vítima das investidas do ex-vereador, que é casada e tem 37 anos, registrou o caso na DDM (Delegacia de Defesa da Mulher) de Araçatuba. Na última sexta-feira (28), a funcionária voltou a procurar a polícia alegando ter sofrido ameaças de um filho e da esposa de Olair Bosco, logo pela manhã.
Mãe e filho teriam chegado à casa da funcionária pública pedindo para falar com o marido da mulher. Eles alegaram que a denúncia de assédio teria prejudicado o ex-vereador. A situação gerou um novo registro de ocorrência policial.
Pelo que consta nos boletins registrados contra o ex-vereador, até a semana passada nomeado em cargo apadrinhado na Prefeitura de Araçatuba, Olair Bosco vinha assediando a funcionária pública desde o mês de outubro. Ele era chefe da servidora na administração municipal.
Após o caso ser denunciado à Corregedoria-Geral da Prefeitura, a funcionária foi remanejada de departamento. Ainda assim, teria sido procurada pelo político comissionado. Olair Bosco, teria proposto “casamento” com a servidora.
A denúncia de assédio contra Olair Bosco teria sido apresentada à Corregedoria e também à polícia acompanhada de áudios que teriam sido enviados pelo político para a funcionária pública. A Prefeitura não chegou a abrir procedimento administrativo contra o “galanteador”, alegando que a demissão do mesmo colocava fim ao caso na esfera administrativa.
No entanto, a Prefeitura vai encaminhar ao Ministério Público todo conteúdo juntado pela Corregedoria. Da mesma forma, o município diz que o material apresentado pela servidora está à disposição da Polícia Civil.
Olair Bosco, que pretendia, pelo menos até então, sair novamente candidato a vereador nas eleições deste ano, não foi localizado para comentar o caso.