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CRIME CRUEL FILHO TRAMAVA MORTE DE MÃE E PADRASTO HÁ QUASE UM ANO

Polícia Civil conclui inquérito e revela que morte do casal de Araçatuba teve motivação financeira

A Polícia Civil de Araçatuba concluiu que, desde fevereiro do ano passado, Daniel Cantarani Sorrentino, de 36 anos, já articulava para tirar a vida da mãe dele e do padrasto. Ambos foram mortos a pauladas, na noite do dia 13 de janeiro, na casa onde moravam, no bairro Jardim TV, em Araçatuba (SP).

 

A informação foi dada durante entrevista coletiva concedida, nesta terça-feira (24), pelo delegado José Abonízio, da Deic (Divisão Especializada em Investigações Criminais), responsável pela investigação do duplo homicídio.

 

Abonízio disse ainda que, conforme a apuração, o crime teve motivações financeiras. Ele informou que, apesar de já ter relatado o inquérito ao Ministério Público, ainda aguarda documentação que possa comprovar a existência de um seguro de vida.

 

“O que está certo é que desde fevereiro do ano passado ele vinha planejando um modo de matar a mãe e o padrasto”, chamou a atenção o delegado ao comentar conteúdo apurado a partir da quebra de sigilo de mensagens e ligações telefônicas do acusado.

 

Segundo o delegado, a primeira tentativa de tirar a vida do casal foi por meio de trabalho espiritual, para a qual Daniel contou com a participação de uma pessoa com quem teve envolvimento. Nesta ação, o acusado teria inclusive ficado nu, em um cemitério em Araçatuba, como parte do plano que não funcionou.

 

Após a tentativa frustrada, Daniel então teria contratado dois homens, um deles de Araçatuba e outro de Birigui, para matar a mãe e o padrasto. O valor acordado entre eles para a execução do “serviço” teria sido de R$ 40 mil. No entanto, os dois teriam desistido após receberem a quantia de R$ 15 mil. Ambos foram localizados e prestaram depoimento à polícia.

 

TERCEIRA TENTATIVA

O plano de Daniel só se configurou na terceira tentativa. Para a execução ele contou com a participação de Renato Balbino, 37, e Helenice Nascimento Alves, 40. Ambos estão presos e à disposição da Justiça.

 

Renato, que cometeu o crime, teria recebido R$ 700 das mãos do filho da vítima, antes de adentrar no imóvel da família. Já Helenice é apontada no inquérito como mentora do intelectual do duplo assassinato. Dias antes ela também teria oferecido medicamento controlado, dado para o casal com o intuito que eles sofressem ataque cardíaco por excesso da substância química.

 

Para convencê-los de participar do ato, Daniel teria prometido como recompensa para eles valores entre R$ 200 a R$ 400 mil. A investigação concluiu também que o filho de uma das vítimas também havia pedido para que os corpos fossem incinerados dentro do carro do casal, com a finalidade de exterminar qualquer tipo de prova que indicassem os envolvidos no crime.


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