A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira (24) a Operação Script Kiddie, para desarticular uma organização criminosa suspeita de promover um ataque hacker contra os servidores do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) em junho deste ano.

De acordo com a PF, a investigação começou após ofício do presidente do TSE, Luis Roberto Barroso. Cinco mandados de busca e apreensão, um mandado de prisão preventiva e dois de prisão temporária estão sendo cumpridos em São Paulo e em Araçatuba.

As ordens judiciais foram expedidas pelo Juízo da 10ª Vara da Justiça Federal no Distrito Federal, após representação efetuada pela Polícia Federal no bojo das investigações.

A INVESTIGAÇÃO
O inquérito policial foi instaurado por requisição do Presidente do Tribunal Superior Eleitoral após a ação cibernética ilícita ter sido detectada pelo Tribunal no mesmo dia em que praticada. A investigação aponta que um grupo de hackers brasileiros invadiu o sítio eletrônico do Tribunal Superior Eleitoral no dia 1º de junho de 2021 e realizou uma conduta definida como "deface" ou "defacement" no ambiente digital, que, ao pé da letra, significa desfigurar itens do servidor.

"Os investigados responderão, na medida de suas culpabilidades, pelos crimes de invasão de dispositivo informático e de associação criminosa, ambos previstos no Código Penal. Não foram identificados quaisquer elementos que possam ter prejudicado a segurança do sistema eleitoral. Com um dos investigados presos foram apreendidos R$ 22.500,00 em espécie, uma arma de fogo ilegal, documentos e mídia eletrônica de interesse para investigação", disse a PF, em nota oficial.

O NOME DA OPERAÇÃO
Um script kiddie é um termo usado em referência a hackers iniciantes que fazem uso de métodos, ferramentas e scripts desenvolvidos por hackers mais experientes.

Os script kiddies não possuem conhecimento amplo e nem capacidade destacada para programar, codificar e explorar de vulnerabilidade de maneira independente (dependem de ferramentas disponibilizadas na internet).