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Após receber carta escrita a mão por um dos filhos, Ilson Brasílio, 61 anos, confessou à Polícia Civil de São José do Rio Preto ter matado por estrangulamento a própria mulher, Rosana Rineiro Araújo, cujo corpo foi encontrado na terça-feira (04), à margem da rodovia Gerson Dourado de Oliveira, em Itapura.
A confissão se deu após Brasílio receber a visita de um filho do seu primeiro casamento, na companhia de uma advogada. O rapaz entregou ao pai a carta escrita por um de seus dois filhos com a vítima, pedindo que ele contasse a verdade à polícia.
Após ler o pedido, o então acusado decidiu confessar o homicídio, ocorrido no último domingo, na casa onde Rosana morava, no bairro Boa Vista, em Rio Preto. Ele disse que teve uma discussão com a mulher, em depoimento prestado ao delegado Alceu Lima de Oliveira Júnior.
No relato, Brasílio disse que deu um soco na mulher após ela tentar agredi-lo com uma tesoura. Na sequência, o homem cometeu o estrangulamento e transportou o corpo de Rosana, no porta malas de seu carro, até trecho da rodovia que fica entre a ponte sobre o rio Tietê e o trevo de Itapura.
Com a confissão do assassinato, o inquérito iniciado pela Polícia Civil de Ilha Solteira, que recebeu as primeiras informações a localização do corpo, deverá ser concluído pela DIG de Rio Preto nesta próxima semana. Brasílio deverá ser indiciado por homicídio qualificado e até mesmo ocultação de cadáver.
O assassino confesso de Rosana não aceitava a separação, por isso acabou tirando a vida da ex-companheira. O crime ocorreu no domingo e o corpo da mulher só foi encontrado na terça-feira, por um motorista de ônibus que passava pela rodovia Gerson Dourado de Oliveira.
Devido ao avançado estado de decomposição, com desfiguração do rosto inclusive, o corpo foi levado para o IML de Andradina, onde parentes da vítima acabaram fazendo o reconhecimento na última quarta-feira. No mesmo dia, Ilson Brasílio foi preso pela Polícia Rodoviária de Jales, após circular por aquela região. Ele alegou, inicialmente, que viajava com os filhos até Andradina, para ver se o cadáver encontrado em Itapura era o da esposa.
Brasílio passou três dias negando o homicídio e escondendo o ocorrido da própria família. Após receber a carta de um dos filhos que teve com Rosana, o homem confessou o crime e ainda revelou que matinha em outra casa, onde já estava morando, os pertences da ex-companheira. Entre eles, documentos, celular e uma bolsa feminina.
Na última segunda-feira, o autor confesso do assassinato chegou a registrar, na Central de Flagrantes de Rio Preto, boletim de ocorrência relatando o desaparecimento da esposa, numa tentativa de se desvincular do crime que ele mesmo cometeu.