Tadeu Augusto de Oliveira, de 52 anos, foi assassinado a tiros na noite de domingo (14), em Avanhandava (SP). A irmã dele, de 48, foi presa em flagrante, acusada de ser a mandante do crime. O autor dos disparos não foi localizado até o momento.
Pouco depois das 21h30, um policial civil foi acionado a comparecer em uma fazenda no bairro rural Borá, onde teria ocorrido um homicídio. Chegando ao local, ele visualizou marcas onde a vítima havia sido baleada e, na sequência, caído, além de encontrar um revólver de calibre 38 com cartuchos deflagrados.
Segundo o que foi apurado, Oliveira estava pela propriedade, acompanhado de sua esposa e filha, quando ouviu o barulho de um veículo chegando ao quintal. Ele teria pegado o revólver e ido até a porta da sala, perguntando quem estava por ali.
Ao ouvir que era a irmã dele quem havia chegado, o homem colocou a arma em cima de uma rack e caminhado em direção ao veículo. Neste momento, a investigada, que estava acompanhada por um rapaz, disse que o automóvel estava apresentando problemas mecânicos e pediu água.
ÁGUA
Oliveira entrou na casa e, quando voltava com uma jarra, o suspeito que estava com a acusada e no banco de acompanhante, sacou uma arma e passou a atirar contra ele, que caiu.
A esposa da vítima pegou o revólver e revidou os disparos, fazendo com que o veículo e os ocupantes deixassem a propriedade. Ela foi em direção ao marido e, com a ajuda de vizinhos, socorreu-o ao Hospital Geral de Promissão, no entanto, não resistiu aos ferimentos e morreu ao dar entrada na unidade.
SEQUESTRO
Pouco tempo depois, a irmã de Oliveira acionou a Polícia Militar, relatando que havia sido sequestrada por duas pessoas quando estava em Promissão (SP). Ela contou que a dupla a abordou, colocou-a em um carro e ordenou que fossem até o sítio da vítima, alegando para ele que estava com problemas no automóvel e que fornecesse um pouco de água.
A mulher ainda informou que um dos suspeitos atirou em seu irmão e, na sequência, os rapazes ordenaram que ela deixasse a propriedade rapidamente em direção a Promissão e, em seguida, para uma estrada rural e posteriormente Avanhandava, onde entrou em contato com a PM.
Questionada sobre as características dos criminosos, ela não soube descrever, falando apenas que eles usavam capuz.
A equipe descobriu que a acusada passou a se desentender com a família em razão de uma herança do sítio, passando a ameaçá-los, o que gerou suspeita. Ela foi levada ao plantão policial de Penápolis para prestar esclarecimentos.
Após ser ouvida, o delegado que presidiu a ocorrência prendeu-a em flagrante, encaminhando-a para uma unidade prisional feminina da região. Foram apreendidos o carro dela, três celulares, dois projéteis, o revólver calibre 38 e munições.
O corpo de Oliveira foi encaminhado ao IML (Instituto Médico Legal), onde passaria por exame necroscópico, sendo liberado depois para velório e sepultamento. Buscas foram feitas, entretanto, nenhum dos rapazes foi localizado e preso. Um inquérito será instaurado pela Polícia Civil para apurar o caso.