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CRIME MACABRO IC faz nova perícia em casa onde advogado foi morto e esquartejado

Peritos usaram produto químico luminol, que aponta manchas de sangue imperceptíveis a olho nu

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Agentes do Instituto de Criminalística da Polícia Civil realizaram na noite desta quinta-feira (23) nova perícia na casa do bairro Água Branca onde o advogado Ronaldo César Capelari, de 53 anos, foi assassinado e esquartejado no último dia 13. O corpo dele foi encontrado dentro de sacos plásticos no interior do imóvel.

Sob coordenação do delegado Paulo Natal, responsável pelas investigações do caso, os peritos usaram nos trabalhos desta quinta-feira a substância química luminol, que é capaz de demarcar manchas de sangue imperceptíveis a olho nu. No caso, o produto produz um brilho azulado em locais onde ocorreu derramamento de sangue.

A intenção da Polícia Civil é identificar, no interior do imóvel, os locais por onde o corpo do advogado foi arrastado e esquartejado. O resultado da nova perícia deverá ser confrontado com informações passadas pela jovem Laís Lorena Crepaldi, de 20 anos, e o namorado dela, Jonathan de Andrade Nascimento, de 21 anos. Os dois assumiram a autoria e execução do crime, sob alegação de que a intenção era roubar dinheiro e uma caminhonete pertencente ao advogado.

Laís Lorena mantinha contato pessoal com Ronaldo Capelari há cerca de quatro meses. No dia do crime, ela atraiu o advogado até a casa que mantinha alugada no bairro Água Branca. O advogado saiu de sua residência, no condomínio Delta Park, por volta das 19h30 do dia em que foi assassinado, alegando a familiares que iria a uma aula de natação na academia que frequentava, no bairro Ipanema.

Ronaldo Capelari foi morto a golpes de martelo e facadas logo que entrou na casa de Laís Lorena. O responsável pelo ataque ao advogado foi o namorado da jovem, Jonathan Nascimento, que foi preso dois dias após a execução do crime macabro.

Durante as investigações, a Polícia Civil chegou a prender outros três rapazes, moradores do bairro Água Branca, apontados por Laís Lorena, inicialmente, como responsáveis pelo crime. Assassinado numa segunda-feira, o advogado só teve o corpo localizado pela Polícia Militar na noite da terça-feira (14), após uma testemunha informar que viu a caminhonete de Ronaldo Capelari estacionada na garagem do imóvel onde tudo aconteceu.

Após o assassinato, o namorado da jovem que serviu de “isca” para atrair o advogado à morte, teria tentado colocar o corpo da vítima na carroceria da caminhonete, com a intenção de desová-lo em algum local nas proximidades. Como não obteve sucesso, o rapaz conduziu e abandonou o veículo até uma estrada de terra, já no município de Birigui, porém a cerca de dois quilômetros da cena do crime.

De acordo com a Polícia Civil, o corpo do advogado teria sido esquartejado por Jonathan e Laís Lorena na tarde de terça-feira. A intenção do casal era remover as partes do cadáver, a pé, até alguma área nas proximidades do bairro Água Branca.

Como a Polícia Militar localizou o corpo de Ronaldo Capelari no interior do imóvel, na noite da terça-feira, os planos do casal ficaram inviabilizados. Na manhã da quarta-feira, a própria Laís Lorena procurou a polícia na tentativa de incriminar os três jovens do bairro que chegaram a passar uma noite detidos.

No entanto, a “isca” do advogado não conseguiu sustentar a versão para o crime que apresentou a polícia e revelou a participação do namorado, junto com ela, em todas as ações criminosas. Jonathan, preso em uma residência do bairro Umuarama, confessou o crime.

Desde então, os dois estão presos temporariamente por determinação da Justiça de Araçatuba. Laís Lorena está encarcerada em um presídio feminino de Dracena e Jonathan Nascimento foi levado para Pereira Barreto.

A Polícia Civil, desde a instauração de inquérito para investigar o crime, tem um prazo inicial de 30 dias para levantar provas que incriminem os culpados pela morte de Ronaldo Capelari. No decorrer dos trabalhos, conforme o levantamento de informações, a Justiça pode determinar que o casal continue preso de forma preventiva, sem prazo para sair de trás das grades.


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