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PERDA IRMÃO DOS JORNALISTAS TILIM E SERELEPE MORRE COM SUSPEITA DE COVID

Ele ficou 4 dias no Pronto-Socorro esperando por leito e foi transferido no domingo à Santa Casa

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Morreu na tarde desta segunda-feira (15), na Santa Casa de Araçatuba, com quadro suspeito de Covid-19, Antônio Cláudio Ferreira, de 57 anos. Ele era irmão do radialista Marco Serelepe e do jornalista Carlos Alberto Tilim.

Ferreira veio a óbito após enfrentar duas paradas cardiorrespiratórias. Ele ficou em acompanhamento médico na enfermaria do Pronto-Socorro Municipal desde a noite de quarta-feira (10) até o final da tarde deste domingo (14), quando foi transferido para a Santa Casa.

Na manhã desta segunda-feira, Ferreira foi submetido a uma bateria de exames, entre eles para confirmar se os sintomas que apresentava eram de Covid-19. No meio da tarde, ele sofreu uma primeira parada cardíaca e médicos da Santa Casa conseguiram reanimá-lo. Ele chegou a ser transferido para a UTI (Unidade de Terapia Intensiva), mas acabou sofrendo uma segunda parada e não resistindo.

De acordo com o filho de Ferreira, o também jornalista e professor Cláudio Henrique Ferreira, sei pai sofreu um infarto no dia 21 de fevereiro e ficou hospitalizado na Santa Casa até 3 de março, quando recebeu alta e retornou para casa. Dias depois, em sua residência, começou a apresentar perda de apetite e falta de ar.

“Na terça-feira, dia 8, nós o levamos para o Pronto-Socorro após ele reclamar de dor no peito. Mas voltou para casa após receber atendimento. Já na quarta-feira, dia 9, ele se queixou de moleza e retornamos com ela para a unidade de Saúde. De lá até as 17h30 deste domingo ele ficou na enfermaria, recebendo oxigênio”, conta o jornalista. “Na manhã desta segunda-feira fez exames e estava num quarto de enfermaria, na Santa Casa. Eu falei com ele por volta da hora do almoço e estava bem dentro do quadro possível. Pouco tempo mais tarde eu estava no hospital e vi meu pai, desacordado, sendo removido em uma maca. Ele já tinha sofrido a parada cardíaca”.

De acordo com Claudinho, como o jornalista é mais conhecido, seu pai já teve problemas respiratórios, mas enfrentava a vida como toda pessoa que precisa de um cuidado ou outro com a saúde. “Ele viveu o que estava traçado por Deus para ele viver. O sentimento é de dor, de revolta, tudo ao mesmo tempo. Mas o que eu preciso é reconhecer que não faltou empenho desses guerreiros profissionais da saúde que estiveram por todos esses dias cuidando do meu pai. Como o resultado do exame não ficou pronto ainda, não temos como afirmar que foi Covid, mas o quadro é suspeito para essa doença”, explica.

Ferreira deixa a esposa, um casal de filhos e uma netinha. Ele era santista fanático e por muito tempo jogou por time de futebol amador do bairro Guanabara. Sua mãe, com 88 anos de idade, vive com uma filha em Penápolis. Ela já foi comunicada do óbito por familiares, que ainda aguardam pelo atestado de óbito para saberem de que forma o corpo terá de ser sepultado, o que deve ocorrer apenas nesta terça-feira.


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